Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DAS LEUCOPLASIAS ORAIS PELO CIRURGIÃO-DENTISTA DA ATENÇÃO PRIMÁRIA EM SAÚDE (APS) E A PREVENÇÃO DO CÂNCER ORAL
Jussara Altoe Gardiman, Itamar Francisco Teixeira, Marcio Gilvan Teixeira, Kissielle Teotonio Gomes, Carolina Victória Apolinario Beraldo, Sabrina Sangali, Maria Karolina Ribondi, Lunara Rigoni Bonadiman

Última alteração: 2022-02-05

Resumo


Apresentação:A leucoplasia é definida como uma lesão branca não removível à raspagem e definida pela Organização Mundial de Saúde como uma placa ou mancha branca que não representa uma entidade histopatológica única, devido à variedade de manifestações epiteliais. A leucoplasia oral tem um comportamento clínico variado, sendo a transformação maligna uma possibilidade e que pode variar de acordo com a dieta, uso do tabaco e do álcool, a idade e o sexo da pessoa. O carcinoma espinocelular (CEC) bucal pode ser precedido de leucoplasias e outras alterações visíveis na mucosa oral.A finalidade é que as leucoplasias, que são as lesões mais frequentes na cavidade oral, em torno de 90%, sejam ser acompanhadas pelo cirurgião-dentista da Atenção Primária em Saúde (APS), devido ao seu caráter lento de progressão, persistente e malignizável. O conhecimento, o perfil de habilidades e de observação são importantes instrumentos de identificação das leucoplasias e da prevenção do CEC. O objetivo deste trabalho foi abordar a importância da proservação e do acompanhamento das lesões leucoplásicas orais na prevenção do câncer oral.Desenvolvimento do trabalho: descrição da experiência ou método do estudo;A rotina clínica de exame minucioso dos tecidos bucais, a identificação das lesões presentes na cavidade bucal e o conhecimento dos sítios anatômicos de maior acometimento das leucoplasias são fundamentais para a identificação precoce das lesões com potencial maligno e para a prevenção ao câncer oral.Como a leucoplasia tem etiologia multifatorial, os fatores de risco associados ao diagnóstico clínico de leucoplasias e à realização do exame histopatológico são essenciais para a identificação das desordens orais potencialmente malignas (DOPM) que acometem o epitélio oral.Atualmente, considera-se que a taxa de transformação maligna de leucoplasias é significativa e que podem apresentar displasia epitelial no seu aspecto microscópico. Portanto, o acompanhamento clínico longitudinal e o manejo dos pacientes portadores de leucoplasia oral destes pacientes é de extrema importância.Resultados:Os atendimentos odontológicos nos ambulatórios, nos centros de especialidades odontológicas, nos hospitais e, principalmente na Atenção Primária em Saúde (APS) devem ter foco na assistência integral do indivíduo, em uma abordagem preventiva ao câncer oral. As hiperplasias epiteliais, hiperqueratoses, acantose e displasia epitelial diagnosticados no por biópsias orais devem ter especial atenção. A partir da consulta inicial, os pacientes devem seguir em controle clínico regular. As informações coletadas durante as consultas devem ser passadas para os seus prontuários analisados e comparados sistematicamente. As informações relevantes sobre o perfil do paciente, tais como idade, raça, sexo, hábitos e sobre os aspectos das lesões leucoplásicas quanto aos aspectos da textura, tamanho, cor, progressão e grau de transformação maligna pós exame de biópsia.Considerações finais:A leucoplasia oral é uma lesão de fácil visualização pelo cirurgião-dentista e deve ser considerada de atenção para o acompanhamento na rotina odontológica da APS por esse profissional. Recomenda-se oportunizar, nas consultas de rotina clínica, o acompanhamento, a observação, a acurácia e a investigação que a propedêutica clínica odontológica requer nos processos estomatológicos de prevenção ao câncer oral.