Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Labirinto do olhar
Eloiza Augusta Gomes, Vânia de Souza, Iury Salk Resende, Maria Flávia Gazzinelli Bethony

Última alteração: 2022-02-05

Resumo


Em um contexto de pandemia e de isolamento irromperam novas maneiras de existir, de se expressar os afetos, de se efetivar as trocas, tendo a arte como aliada nesse acontecer limitado ao quarto junto a mim em quarentena. Por meio da arte, como prática de experimentação, o artista se permite extrair do universo ao seu redor uma variedade de sensações transportadas em uma espécie de mensagem codificadas: “eu estive aqui, foi isso que eu senti”. Assim surgiu “O labirinto do olhar” - um vídeo com uma narrativa poética, com recortes de imagens de filmes oníricos, com base em Maya Deren e Hitchcock.  Permeado por imagens ​de cenas ​cotidianas​ como a chuva vista pela janela e o encontro feliz ​com a beleza de um entardecer a produção desta videoarte se refere a um território artísticos que mescla cinema, sons e imagens. É a arte pela arte, constitutiva das formas de existências de si. O objetivo de entrelaçar Maya e Hitchcock ao cotidiano foi atingir ao​s​ fruidores​, ​ provocando o despertar para novas composições e devires. O labirinto do olhar se fez em meio ao contexto do entardecer; com o surgimento da lua; e dos signos da árvore frutífera da romã, se entrelaçando ao ser feminino, colorindo o labirinto do olhar. Os festivais de cores do entardecer rajado de contrastes e dégradés, o despertar do astro matriarcal lunar, que por meio dos seus ciclos se associa aos rituais de fertilidade, às deusas – ao feminino. A primavera anunciada, datada no período neolítico, em que rituais de fertilidade se tornaram fundamentais para garantir os ciclos de nascimento-morte-regeneração. Os arquétipos da antiguidade e de costumes contemporâneos, atravessados por filmes, poemas e espetáculos reverberados pela cultura celta de deusas e druidesas inspiraram e conduziram este experimentar artístico como forma de viodeoarte. O olhar através janela do meu quarto, como pensionista de um convento de freiras, revela o cotidiano que abriga a vida neste contexto distópico de confinamento.

 

Envio, em anexo, link do YouTube para a visualização da proposta artística: https://youtu.be/lxfuPQ3wJHc