Apresentação: O laser de baixa intensidade (LBI) vem se mostrando, uma ferramenta terapêutica, aliada à amamentação. Segundo o Último estudo do ENANI, 2020, a dor ao amamentar é a primeira causa de desmame precoce no Brasil. O uso do LBI como fotobiomodulador, acelera o processo de cicatrização e promove analgesia local, favorecendo a permanência e persistência na mesma. Assim, seu uso, principalmente, nos primeiros 05 dias de pós-parto (período este de maior incidência do aparecimento das lesões mamárias), pode colaborar e muito para a viabilidade da amamentação. O objetivo do trabalho é descrever o uso do LBI como ferramenta terapêutica durante o período de adaptação do aleitamento materno para evitar o desmame precoce. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência no serviço de ambulatório de amamentação em um município de pequeno porte no interior do Rio de Janeiro no período de Janeiro/2021 a Janeiro/2022. O serviço funciona com demanda espontânea e, também, por indicação das enfermeiras da maternidade e triagem neonatal de referência deste município. O acompanhamento do binômio mãe-bebê desde o pós-parto imediato é realizado com todo o manejo clínico necessário nos primeiros dias (dias esses mais críticos para o estabelecimento da amamentação) e utilizado o LBI no aparecimento das primeiras escoriações no mamilo. Foi utilizado 0,5 joule (J) da luz vermelha pontualmente no mamilo (lesão) e 4 J da Luz Infra-vermelha em 04 pontos ao redor da aréola (tendo um espaço mínimo entre um ponto e outro de 2 cm) com intervalo de sessão de 24-48h, realizando assim, uma média de 2 a 3 sessões. Resultado: Durante o acompanhamento, visualizamos uma melhora substancial nas lesões já iniciais e o retardamento do desenvolvimento destas promovendo conforto no período da mamada e, desta forma, permitindo mais tempo para o período de adaptação do aleitamento e, em seguida, o prosseguimento com a amamentação. Vale ressaltar que o atendimento ocorre antes da ferida já estabelecida (avançada) com as orientações e manejo clínico em conjunto com o uso do LBI. Considerações finais: Podemos inferir que o uso do LBI no período inicial e de adaptação da díade mãe-bebê (primeiros 5 dias de pós parto) promove o aleitamento materno, impedindo que as lesões mamilares se desenvolvam e não desencadeando um desfecho de desmame precoce. Desta forma, permitindo que mulheres tenham conforto e alcancem o objetivo de sentir prazer ao amamentar, fortalecendo o vínculo com seu filho e, consequentemente, liberando uma maior quantidade de Ocitocina, hormônio este responsável pela ejeção de leite humano, favorecendo ainda mais o estabelecimento da amamentação.