Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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FISIOTERAPIA AQUÁTICA EM CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA -TEA: ESTUDO DE CASO
Carolina Ponick

Última alteração: 2022-02-10

Resumo


 

RESUMO

APRESENTAÇÃO: O presente trabalho aborda os benefícios e condutas fisioterapêuticas aplicadas em crianças com transtorno do espectro autista (TEA), buscando assim analisar os efeitos que a fisioterapia aquática pode ser capaz de promover no tratamento desses indivíduos. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um relato de caso descritivo e longitudinal desenvolvido na Clínica Escola de um Centro Universitário de Santa Catarina, onde foram avaliados pacientes com diagnóstico de TEA. Os atendimentos aconteceram de Março à Abril de 2021, totalizando 10 sessões com frequência de duas vezes na semana e duração de 60 minutos cada. Em todos os atendimentos o paciente foi acompanhado pela mãe, a qual ficou observando as sessões do lado de fora da piscina. Para avaliação utilizou-se a Escala de Desenvolvimento Motor (EDM) e a escala de Medida da Independência Funcional (MIF). Inicialmente realizou-se a adaptação do paciente ao meio aquático, utilizando o tablado a fim que a criança desenvolvesse segurança ao permanecer em bipedestação. Em seguida foram elaboradas condutas com base nos déficits que o paciente apresentou na avaliação fisioterapêutica, sendo eles: treino de equilíbrio e motricidade fina. Para os exercícios motricidade fina, utilizou-se brinquedos lúdicos como: grampos coloridos, palhaço de argolas, bola de vinil, bolas pequenas, barco de brinquedo, cones, chapéu chinês, flutuador, prancha infantil, boneco de brinquedo escolhido pela criança. O treino de equilíbrio foi realizado nos tatames, utilizando a prancha flutuadora, barco de brinquedo e imitação da música ‘’ marcha soldado’’ e também a técnica de watsu para promover relaxamento nos momentos em que o paciente se encontrava aborrecido durante a terapia. RESULTADOS: Incluiu-se um indivíduo, sexo masculino, 5 anos com diagnóstico de TEA aos 3 anos e 4 meses. Na escala de EDM analisou-se idade cronológica, que passou de 70 meses para 71 meses, com isso a idade negativa passou de -30 meses para -19 meses e o quociente motor geral classificado como muito inferior na avaliação inicial, passando para normal baixo após intervenção. Na escala da MIF observou-se melhora na independência funcional, passando de 99 para 112 pontos. A mãe relatou melhora na independência para fazer ou buscar objetos, interação social, comportamental, sem presença de comportamentos estereotipados e aceitando os comandos solicitados. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao final desse estudo foi possível verificar que a intervenção fisioterapêutica no ambiente aquático traz a melhora do equilíbrio e da independência funcional, com isso melhorando sua interação social, comportamento dentro de casa, independência em realizar atividades, como vestir-se ou buscar algum objeto desejado.