Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-07
Resumo
APRESENTAÇÃO: Indicadores são instrumentos de mensuração que sintetizam informações em um único valor, permitindo a representação quantificada da qualidade de determinado produto ou serviço. A gestão documental pode ser considerada importante indicador de maturidade e desenvolvimento institucional. No contexto hospitalar, a gestão documental pode ser considerada parte integrante da gestão da qualidade, uma vez que propicia o gerenciamento da vida informacional da organização. Assim, a gestão de documentos compreende atividades de produção, tramitação, classificação, avaliação e arquivamento de documentos, contribuindo não só para o gerenciamento dos dados informacionais, mas também para a administração do hospital, fundamentada em norma operacional específica. Desta forma, este estudo tem como finalidade analisar a produção documental do setor de qualidade de um hospital universitário federal (HUF) da região centro-oeste brasileira. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Trata-se de um estudo descritivo, transversal, de abordagem quantitativa. A coleta de dados no Setor de Qualidade do referido HUF ocorreu em janeiro de 2022. As variáveis foram: status dos documentos, tipo de documentos, produção de documentos, área da publicação dos documentos na instituição e produção referente a Covid-19. Em consonância ao disposto na Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012, o estudo faz parte de um projeto registrado e aprovado em Comitê de Ética em Pesquisa, sob o número CAAE 09495919.9.0000.5541, ainda que nesta etapa de seu desenvolvimento não tenham sido envolvidos seres humanos. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: A análise da produção documental foi realizada por meio de indicadores, visando a série histórica que compreende o período entre 2015 e 2021. Os resultados revelaram que, do total de 864 documentos publicados, 519 (60,07%) encontravam-se vigentes no hospital, 102 (11,81%) em revisão, 207 (23,96%) estavam obsoletos e 36 (4,17%) foram cancelados. Destaca-se que, entre os documentos vigentes, 344 (66,28%) são da área assistencial, 62 (11,95%) da área administrativa, 58 (11,18%) da área de ensino e pesquisa e 55 (10,60%) foram específicos sobre Covid-19, totalizando 519 publicações. Os tipos de documentações mais produzidos no hospital neste período foram os procedimentos operacionais padrão (59,25%), seguido dos protocolos assistenciais (15,78%) e manuais (11,11%). No decorrer da pandemia da Covid-19, os tipos de documentos mais produzidos sobre a temática, foram procedimentos operacionais padrão (19), mapeamentos de processo (18) e planos (10). CONSIDERAÇÕES FINAIS: O processo de mensuração dos indicadores da gestão de documentos ainda é incipiente na instituição, dado o início recente no Setor da Qualidade, o que pode sinalizar que não é atribuída a real importância e potencial estratégico deste processo na atenção hospitalar. Tal fator culminou, inclusive, em uma limitação deste estudo, pois devido à incompletude dos dados de anos anteriores, necessários ao cálculo, houve dificuldade na análise do contingente documental em processo de aprovação. Sugere-se a realização de estudos posteriores quanto a temporalidade dos documentos, tempo médio gasto no processo de aprovação, além da possibilidade de implantação de um sistema a fim de otimizar o gerenciamento de documentos e recursos da instituição.