Apresentação: O Diabetes Mellitus (DM) é uma doença gradativa, que vem apresentando um aumento global, cerca de 382 milhões de pessoas vivem com o DM, e esse número poderá chegar a 592 milhões em 2035. É uma doença que altera os níveis glicêmicos no corpo humano e se não controladas pode acometer complicações graves ao indivíduo, desta forma podendo impactar diretamente na qualidade de vida (QV) das pessoas que convivem com essa doença. Sendo assim, este estudo pretende analisar a QV de pessoas com DM que desenvolveram complicações graves. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma pesquisa quantitativa de forma descritiva, transversal e baseada em levantamento de campo. Este estudo foi realizado na zona urbana do município de Cândido Sales-Bahia, tendo como sujeitos do estudo, todas as pessoas que vivem com DM com complicações graves. Foi definido nesse estudo como critério de inclusão, aquelas pessoas que possuem complicações graves tais como: amputação dos MSMI e retinopatia parcial ou total. Para isto, foram realizados levantamento com todos os agentes comunitários de saúde (ACS) da zona urbana do município, em seguida foram realizadas buscas nos prontuários nas Unidade de Saúde da Família e por fim, foram feitas visitas domiciliares juntamente com os ACS para abordagem dessas pessoas. No momento da entrevista foram utilizados questionários sociodemográficos e aplicado instrumento Diabetes Quality of life Measure (DQOL), que trata de algo específico para avaliação da QV Relacionada à Saúde em pacientes com DM. Essa coleta foi realizada no mês de setembro de 2021. Para análise, foram utilizadas tabelas e gráficos descrevendo os resultados encontrados no questionário, através de dados estatísticos. Lembrando que para a realização deste estudo foi respeito todos os protocolos de cuidados para a prevenção da covid-19. Resultados: Foram encontrados no levantamento com os ACS, oito pessoas que atendem aos critérios de inclusão do estudo. Sendo que oito destes entrevistados, 63% é do sexo masculino e 37% do sexo feminino, 50% tem a idade entre 55 a 65 anos e os outros 50% entre 67 a 83 anos, 37% das pessoas não possuem estudos e 75% não tem renda fixa mensal. Após aplicação do DQOL, foi evidenciado que após vários fatores envolvendo: debilidade do estado físico, prejuízo da capacidade operante, dor em membros inferiores, falta de vitalidade, dificuldades na interação social e instabilidade emocional, (63%) dos entrevistados relataram procurar a UBS a cada dois meses, mesmo essas pessoas tendo a doença e todas essas complicações, mesmo com as restrições, as pessoas informaram que não apresentaram diferença na sua QV. Corroborando com esses dados, em buscas por estudos científicos, também foi observado que a maioria das pessoas que vivem com DM e complicações da doença, não apresentaram diferenças na sua QV. Considerações finais: Em suma, foi observado que mesmo apesar das complicações da doença, que poderia incapacitar ou restringir a vida das pessoas, os mesmos relataram que essas alterações não impactavam diretamente em sua QV.