Introdução:

A hepatite crônica causada pelo vírus da hepatite C (HCV) é uma doença caracterizada por processos inflamatórios no fígado com evolução em potenciais malignidades e condições cirróticas no percentual de infectados. Considerada uma epidemia mundial e com cenário no município de Porto Alegre que, segundo dados emitidos no ano de 2020 e expostos em boletim pelo Ministério da Saúde, é a cidade com primeira colocação no ranking de maior detecção de hepatite C. Porto Alegre conta com 47,2 casos por 100 mil habitantes, estando entre as nove capitais com percentuais de infecção superiores ao dado nacional (4,4 casos por 100 mil habitantes).

Objetivo:

Ações e estratégias em consonância ao plano de enfrentamento de hepatites virais e inclusão da eliminação da hepatite C como problema de saúde pública até 2030. Elaboração de linhas de cuidados capazes de abordar, entre outras, as populações que vivem privadas de liberdade realizando testagem diagnóstica, tratamento precoce e viabilização da redução do coeficientes de novos casos no município e formação de multiplicadores capacitados  acerca das Hepatites Virais.

Descrição da experiência:

Compreendeu-se uma fase de capacitação que abordou o tema hepatite C com grupos multidisciplinares atingindo locais aquém das áreas de saúde do município e formando conhecimento entre equipes lotados em diferentes campos de atuação (gestão do presídio central, residentes de saúde coletiva da Universidade Federal do Brasil (UFRGS), Saúde do Homem em empresas, ONG Via Vida, farmacêuticos, ligas acadêmicas de medicina) totalizando 164 pessoas. Posteriormente foi elaborado o projeto Teste e Trate Porto Alegre, em parceria com o Ministério da Saúde. Também ocorreu a implantação do projeto Envolver C / ECHO em parceria com o Hospital das Clínicas de Porto Alegre lançado em dezembro de 2021 onde realizaram-se reuniões do projeto ECHO com a APS contando com a participação ativa de 25 pessoas, além do treinamento em ecografia de fígado e sistema porta para médicos do SAE Hepatites Santa Marta com módulos teóricos e práticos por 2 meses.

Resultados esperados:

Prevê-se que com o aumento de testagens o município seja capaz de reduzir coeficientes indicadores de novas infecções, adjunto do tratamento precoce capaz de compreender potenciais de cura antes de quadros clínicos de cronicidade da doença. Incidir consideravelmente na preparação dos colaboradores da saúde do município visando a formação e expansão de conhecimento sobre os fatores da Hepatite C, tornando a aumentar as taxas de tratamento e cura baseados no acesso ao sistema de saúde pelo usuário que passará a encontrar qualificação no atendimento.

Considerações finais:

Neste ínterim, fica claro que, apesar da alta taxa de incidência de hepatite C no município, Porto Alegre já possuía índices altos de tratamento antes da pandemia, o presente desenvolvimento compreende a nova alocação do município como precursor de promoção de cura ao elaborar novas medidas elencadas em consonância ao plano municipal para eliminação das hepatites virais.