Diante das dificuldades de acesso à rede e serviços de saúde, indígenas não aldeados ficam invisíveis às políticas públicas de saúde em contexto urbano O Território Líquido é categoria analítica do cuidado em saúde, cunhada por Schweickardt e Lima, que observa especificidades de grupos vulneráveis que vivem nos diversos territórios amazônicos.

O objetivo deste trabalho é refletir a produção do cuidado em saúde na Amazônia Urbana Indígena, a partir da categoria de análise do Território Líquido.

Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica sobre o cuidado com os indígenas no acesso aos serviços de saúde em Manaus. Tal estudo está em desenvolvimento e é parte da dissertação de mestrado no PPGVIDA - ILMD/FIOCRUZ/AM.

Foi possível observar que a produção do cuidado em saúde indígena no contexto urbano pela ótica da categoria do território líquido consiste ser elemento vivo que adentra o território mediado pela necessidade de saúde. Permitiu assim, o resgate da sabedoria ancestral como modo de produção de vida. A gama de características e especificidades da cultura indígena requer uma adequação e formação dos profissionais da saúde para melhor humanizar o cuidado, sendo necessário ater a essas peculiaridades em busca da efetivação do princípio da equidade e da universalidade.

A Amazônia urbana é plural e requer políticas públicas de saúde diferenciadas que ultrapassem a lógica do que é instituído sobre zoneamentos e territórios, considerando os modos de viver e cosmovisão dos indígenas que necessitam de atenção diferenciada. A presença destas comunidades tradicionais no contexto urbano não deve ser negligenciada.