Cada vez mais, a educação em saúde se configura como uma estratégia eficaz e facilitadora do empoderamento de grupos que convivem com condições crônicas não transmissíveis. Atrelado a isso, sua estimulação e utilização na Atenção Básica é imperioso para a mudança nos processos de promoção da saúde e prevenção de doenças e agravos. Nesse sentido, é interessante que desde a formação, profissionais de saúde sejam incentivados e sensibilizados para o uso dessa prática. A partir disso, esse trabalho tem como objetivo descrever as estratégias de educação em saúde ofertadas por discentes do curso de medicina à pacientes com doenças crônicas em Unidades Básicas de Saúde, durante os estágios de Atenção Básica. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado entre os meses de agosto e dezembro de 2021, em Unidades Básicas de Saúde da Baixada Santista. Mais de 20 acadêmicos do terceiro ano do curso de Medicina fizeram parte da equipe promotora de reuniões que abordaram diferentes temáticas. As reuniões ocorreram em salas reservadas em Unidades Básicas de Saúde, e o público - majoritariamente de pessoas idosas, compareceu por meio de convites distribuídos por Agentes Comunitários de Saúde. Os temas foram elencados conforme os eixos de promoção da saúde e prevenção de doenças. No tópico da promoção da saúde, experiências sobre a alimentação saudável e a prática de exercícios físicos foram estimuladas pela oferta de lanches saudáveis e a realização de uma atividade de baixo impacto. A respeito da prevenção de doenças e agravos, conferências sobre obesidade, hipertensão, diabetes e dislipidemia foram ministradas durante as filas de espera nas Unidades de Saúde, bem como, em salas reservadas, com a coleta de dados antropométricos, pressóricos e de glicemia capilar. Ao final de cada sessão, orientações direcionadas eram dadas individualmente. Outros dois temas também emergiram a partir da identificação da necessidade local, sendo: ansiedade e depressão. A experiência mostrou-se exitosa, uma vez que os acadêmicos puderam compreender o processo transformador das práticas de educação em saúde, bem como, vivenciaram a importância do acolhimento, do cuidado integral e de um olhar atento às pessoas com doenças crônicas e suas vulnerabilidades.