Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-02-07
Resumo
Apresentação: O paciente pediátrico possui especificidades características de sua faixa etária que o tornam mais suscetível ao adoecimento e a ocorrência de acidentes. Em virtude dessa vulnerabilidade, pode-se observar um número elevado de acidentes domiciliares, bem como de eventos adversos provocados durante as hospitalizações. Visando transformar essa realidade, a educação em saúde tem por intuito desenvolver o senso de responsabilidade dos usuários do Sistema Único de Saúde, quanto a sua saúde, a de seus familiares e da comunidade como um todo. Desta forma, o presente estudo tem como objetivo relatar a experiência de ações de educação em saúde voltadas à prevenção de acidentes no paciente pediátrico. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência vivenciadas em um hospital público pediátrico do SUS, localizado no município do Rio de Janeiro. As ações ocorreram entre os meses de setembro a novembro de 2021, com um intervalo de 15 a 20 dias entre elas. Estas foram coordenadas pela equipe de enfermagem e psicólogas do hospital, em parceria com os acadêmicos de enfermagem do 10º período de uma universidade privada localizada no mesmo município. As atividades tiveram como público-alvo os pais, os responsáveis e os cuidadores dos pacientes pediátricos internados na enfermaria de clínica médica. Portanto, tendo por foco os acidentes provocados no âmbito hospitalar durante o processo de internação, assim como no domicílio após a alta do paciente pediátrico, as ações educativas contaram com a elaboração e distribuição de folders informativos, e com a realização de rodas de conversa, as quais duravam aproximadamente 30 a 40 minutos, tendo por tema: “Como evitar acidentes aos pacientes pediátricos no âmbito hospitalar e domiciliar". Como as ações ocorreram durante a pandemia por COVID-19, todas as exigências sanitárias foram respeitadas.Resultados: A ação educativa possibilitou aos participantes a oportunidade de sanar dúvidas e de compartilharem vivências correlatas à temática. No decorrer da experiência, os profissionais e acadêmicos perceberam a necessidade de destacar estratégias voltadas à prevenção de acidentes provocados por quedas, tanto no âmbito hospitalar quanto nos domicílios. Neste contexto, ressalta-se que o uso das rodas de conversa como método para a efetivação da educação em saúde pode ser muito eficaz, visto que no início da ação os participantes se mostraram tímidos, porém, em pouco tempo começaram a interagirem entre si e com os profissionais. Foi possível evidenciar mudanças no cotidiano das hospitalizações, a partir das ações desenvolvidas, em que os acompanhantes mostraram-se mais cautelosos quanto a segurança das crianças e com o ambiente ao redor. Considerações finais: Sendo a atitude preventiva de acidentes na infância algo que compete a todos os profissionais da saúde, as atividades de educação em saúde realizadas demonstraram ser uma estratégia efetiva e de fácil replicação. Desta forma, este relato poderá contribuir, por meio de uma nova perspectiva, para a reflexão dos profissionais da saúde, possibilitando ampliar a educação dos usuários do Sistema Único de Saúde e, por conseguinte, melhorar a qualidade da assistência.