Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2022-09-27
Resumo
Késsia Regina Ferreira Batista1
Rosemary F. de Andrade2
Anneli Mercedes Cárdenas1
Jéssica Gomes da Silva1
Letice Lira Batista Rocha1
Luana Jandira Weber Silva1
Elyade Nelly Pires Rocha Camacho1
Joyce MoreiraSiqueira1
Apresentação: A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), tornou-se conhecida após estar associada a Covid-19, no entanto, também pode estar associada a outros agentes etiológicos, como influenza, dengue, adenovírus. Os sintomas da SRAG podem ser febre acima de 38 graus, tosse, dispneia, podendo estar associada a dor de garganta e desconforto abdominal e também hipotensão. As gestantes destacam-se como grupo de risco por apresentar nesse período as alterações fisiológicas que aumentam o risco de infecções. A anemia gestacional, a dispneia pelo aumento do corpo gravídico, impedimento das trocas de mucos pulmonares e a diminuição da imunidade, facilitam o agravamento da doença e necessidade de hospitalização, demonstrando ser um problema de saúde pública e necessitando de atenção especial a esse grupo. O objetivo desta pesquisa é caracterizar os óbitos por SRAG em gestantes no ano de 2021. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório, com utilização de dados secundários obtidos da base de dados do Ministério da Saúde, boletim epidemiológico especial de todo o ano de 2021. Resultado: 8.593 gestantes evoluíram a óbito com SRAG e destes, 7.808 (90,8%) foram causados por covid-19. A faixa etária mais acometida foi de 30-39 anos com 4.189 (48,7%) casos, gestantes com autodeclaração étnico-racial parda foram 3.706 (43,1%) casos e o período gestacional mais acometido foi o terceiro trimestre com 4.389 (51%) casos. Consideraçoes finais: Diante do que foi exposto, a SRAG na gestação principalmente no terceiro trimestre demonstrou ter maior letalidade, trazendo a necessidade de criação de estratégias afim de reduzir a ocorrência de complicações da doença com uma boa assistência no sistema de saúde. É necessário que a equipe de saúde esteja preparada, e de primordial importância a investigação e notificação para que sejam tomadas medidas para melhorar o acompanhamento do grupo tão vulnerável.
Palavras-chaves: SRAG, óbito, gestante.