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A participação social nas políticas de saúde de modo institucionalizado é realizada por meio dos conselhos e conferências de saúde. Os conselhos de saúde têm caráter permanente e deliberativo e garante o acesso da população e dos trabalhadores da saúde as políticas e as prestações de contas do setor, fatores importantes para o efetivo controle social. Este estudo descritivo tem como objetivo relatar a experiência de representação no controle social de uma profissional de saúde em um conselho municipal de saúde, sua importância para o fortalecimento do SUS e garantia aos usuários do direito social à saúde. A profissional é enfermeira e trabalha em uma equipe de Saúde da Família do município. Tomou posse a partir da indicação e eleição para representação do segmento trabalhador de nível superior em substituição a conselheira anterior que solicitou desligamento. A oportunidade de ser conselheira favoreceu conhecer os instrumentos de gestão, como: planos de saúde, programações e relatórios de gestão. E, a partir disso, sensibilização dos demais profissionais quanto ao papel de um conselho de saúde e envolvê-los na construção das políticas, incluindo a participação dos mesmos em reuniões. Também possibilitou entender a demanda dos usuários de outros territórios, partilhar soluções de modo coletivo e compreender melhor a realidade local do território de atuação. Ademais, participou-se da construção de uma Conferência de Saúde e da composição de comissão intersetorial, permitindo vivenciar in loco as diferentes realidades do município, ampliando a compreensão dos determinantes e condicionantes de saúde. As principais dificuldades encontradas foram: ausência de preparo, insuficiência de tempo para as atividades, problemas para acesso às informações e infraestrutura inadequada para funcionamento. Conclui-se ser basilar a necessidade constante de educação permanente dos conselheiros e assim dirimir possíveis influências de gestores locais.