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A Rede de Cuidado Comunitário é uma estratégia de fomento ao apoio social e à articulação de ação comunitária no território adscrito a Unidade de Saúde da Família (USF) Vila Saúde, no bairro do Cristo Redentor, em João Pessoa-PB, guiada pela perspectiva da Saúde Coletiva e da Educação Popular em Saúde (EPS). A Rede integra o rol de atuações do Programa de Extensão e de Pesquisa “Práticas Integrais de Promoção da Saúde e Nutrição na Atenção Básica” (PINAB), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), o qual atua junto à USF desde 2007. A iniciativa objetiva apoiar a USF e demais equipamentos sociais locais, com destaque para a integração entre suas ações de enfrentamento e de proteção social no contexto da pandemia de COVID-19, bem como permitir vivências formativas para extensionistas a partir da Extensão Popular. Para construção da estratégia, buscou-se reunir um coletivo representativo que pudesse reconhecer as principais potencialidades, demandas e desafios encontrados no território para o enfrentamento da pandemia. Em seguida, criou-se um grupo no aplicativo WhatsApp para comunicação dentro do coletivo. Integram o grupo 17 participantes, entre esses membros do PINAB, moradores do território, lideranças comunitárias e profissionais e residentes da USF, como ainda representantes das instituições Escola Municipal de Ensino Fundamental Augusto dos Anjos e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Adicionalmente, como forma de estimular e sistematizar a coleta das percepções, instituiu-se uma agenda mensal de contato, na qual os extensionistas do PINAB contatavam individualmente os componentes da Rede. Ao longo do ano realizaram-se reuniões por videochamada com o CRAS, com residentes e membros da Equipe da USF, de modo a valorizar o vínculo e compartilhar quais atividades de apoio e assistência social são realizadas no território. Como resultado desses encontros, surgiu o interesse em se discutir sobre saúde mental, levando à realização de dois encontros dedicados ao tema “Abordagem da Saúde Mental nos Processos de Trabalho Social e em Grupo na Sociedade”. Outra demanda percebida foi localizar famílias do território em situação de vulnerabilidade social, com ênfase na insegurança alimentar, uma realidade crescente decorrente das crises derivadas da pandemia. Tal levantamento tem por interesse articular universidade, comunidade e serviços públicos para encontrar formas de potencializar estratégias de apoio social emergencial e de enfrentamento sistemático as dificuldades identificadas. Nessa perspectiva, para localizar as famílias, os extensionistas contataram agentes comunitários de saúde da USF. Após a localização e listagem das famílias, planeja-se contatar essas famílias e definir a situação de vulnerabilidade no território. Para o futuro, há a perspectiva que essa estrutura intersetorial se perpetue organicamente no território enquanto proposta de valorização da autonomia e da cidadania, assim como forma de articulação e de participação social frente outras demandas que surjam. É justo reconhecer, nessa jornada, a dificuldade de estabelecer uma agenda que pudesse acolher a disponibilidade de todos os integrantes, como também a resistência inicial para integrar a iniciativa antes dos resultados dos diálogos serem vistos. A experiência permitiu que os extensionistas ampliassem compreensões e vivências na área de Saúde Coletiva e EPS.