Apresentação: Os transtornos mentais mais frequentes estão relacionados às síndromes ansiosas que tem prevalência na vida da população em torno de 17 a 30%. A ansiedade pode se tornar incapacitante, ela pode ser classificada em leve, moderada ou severa, provocando prejuízos na vida do sujeito. O objetivo desse trabalho foi analisar a prevalência de transtorno de ansiedade nos profissionais de saúde em tempos de pandemia pelo COVID-19. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo bibliográfico de caráter exploratório. Para obtenção dessa revisão foram coletados artigos científicos nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS)-Brasil, empregando-se os descritores unitermos consultados na base de Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram utilizados neste estudo artigos de revisão científica sobre a temática compreendidos entre os meses de março de 2020 a março/abril de 2021. Após busca na base de dados, foram encontrados 50 artigos, sendo realizado seleção dos estudos pela leitura de títulos, resumos, textos completos, e a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, finalizando em uma amostra com 07 artigos. Resultados: Em análise foi identificado que a pandemia pelo COVID-19 desencadeou um índice elevado de ansiedade nos profissionais da saúde, não havendo diferença do seu agravo nas diversas regiões do mundo e que o distanciamento e o isolamento social contribuíram para esse agravo. A ansiedade passou a ser o transtorno emocional mais prevalente entre os profissionais da saúde e principalmente os profissionais de enfermagem uma vez que são eles que passam 80% do tempo com os pacientes contaminados o que gera inda mais medos e dificuldades no manejo do cuidado. Esse adoecimento se torna mais evidente em profissionais na linha de frente pois os mesmos prestam os cuidados diretamente aos infectados. As mulheres com meia idade foram as mais afetadas, isso se dá tanto pelo fato de o público da área de saúde ser na sua maioria de mulheres como também por aspectos voltados para as questões socio históricas, atividades extras e reponsabilidades das mulheres para além do fazer profissional que auxiliam no adoecimento mental. Diversos fatores contribuem para o acometimento do transtorno de ansiedade como por exemplo: a sobrecarga de trabalho, escassez de equipamentos de proteção individual, falta de medicamentos, Fake News, medo de se infectar e infectar outras pessoas e perdas de familiares e amigos. Foi observado a inexperiência do setor saúde em prestar assistencial preventiva e curativa aos profissionais adoecidos emocionalmente nesse período de pandemia, casos raros de suicídios de profissionais foram identificados nesse período. Poucas instituições tiveram a iniciativa de grupos terapêuticos e escuta orientada aos profissionais de saúde adoecidos. Considerações finais: Dentre todo o exposto se faz necessário criar políticas e iniciativas de saúde mental com planos estruturados para acolhimento e tratamento desses profissionais em tempos de calamidade pública com objetivo de prevenir agravos da saúde física e mental desses profissionais para que o âmbito do cuidado não seja fragilizado e/ou negligenciado por falta de profissionais capacitados e saudáveis.