Apresentação: A sífilis é uma infecção causada pelo Treponema pallidum, sendo uma infecção sexualmente transmissível (IST) em sua maioria, com distribuição global e amplamente conhecida e difundida no Brasil. Mesmo com fácil tratamento, nos últimos anos vem apresentando descontrole com novos casos caracterizando um problema de saúde pública importante. Com característica infectocontagiosa, sensibiliza o paciente a infecção por Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) visto a presença das lesões sifilíticas que funcionam como porta de entrada para o vírus, além de acometer de forma mais severa o paciente quando não tratada (JAINER et al, 2014). Confere ser um relato de experiência vivido por uma acadêmica de enfermagem da Universidade Federal do Pará, sobre a vivência no projeto intitulado Multicampi – saúde da criança onde perpassou em uma Unidade Municipal de Saúde, localizada na capital do estado.  O objetivo desse relato é expor que durante a realização de testes rápidos e consultas de controle feitos na unidade o número de novos casos de sífilis vem crescendo de forma exponencial. Desenvolvimento do trabalho: No período de 15 dias da realização do projeto em unidades de saúde por toda Belém, capital do estado, pude observar por meio da atuação da equipe de enfermagem na unidade em questão e por realizações de testes rápidos que a mesma disponibilizava para a comunidade, um aumento nos casos positivos de sífilis na população atendida. Que nesse caso, se positivo em teste rápido é solicitado junto ao laboratório da unidade um exame de sague (VDRL) para confirmação e paciente realiza o mais rápido possível. Verificando no histórico de realizações e resultados dos testes esses números aumentam nos meses anteriores e em paralelo as consultas de controle realizadas e aprazadas seguem de modo continuo, indicando assim, que a população diagnosticada está em tratamento ativo sem muitas desistências durante esse processo. Resultados: Tal situação que a população apresenta gera preocupação por possível surto de sífilis na comunidade, em detrimento da realidade vivenciada. Esse cenário fortifica e incentiva a educação em saúde e sexual não somente em locais como unidades de saúde, mas, em vários setores como escolas, empresas, igrejas etc. Muitos pacientes não sabiam quais as outras formas de contágios, além da sexual, a informação se faz necessária sempre e como abordar esse assunto para cada publico é significativo. Considerações finais: Em luz do que foi abordado e observando no histórico cadastral individual dos pacientes, um ponto chave, e talvez tão obvio que passe despercebido, é a educação continuada de saúde. É levar informação de qualidade e sem tabu para a população, com distribuição de preservativos em unidades de saúde dos setores primários e secundários e reforço nas mídias de comunicação com linguagem simples e direta e, não obstante, o trabalho multiprofissional da equipe de atendimento.