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Apresentação: O Teste do Pezinho trata-se de um exame básico realizado na Atenção Primária a Saúde(APS); com o intuito de prevenir sequelas, como má formação e falta de desenvolvimento, causadas por doenças genéticas que geralmente não apresentam sintomas nos primeiros meses de vida. Caso do diagnóstico seja precoce e/ou em tempo oportuno algumas graves complicações podem ser prevenidas através do tratamento. O exame é gratuito e amparado por lei e deve ser realizado nos primeiros 30 dias do recém-Nascido. As doenças diagnosticadas através do teste são 6, Fenilcetonúria, Hipotireoidismo Congênito, Fibrose Cística, Anemia Falciforme, Deficiência da Biotinidase e outras Hemoglobinopatias. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de um diagnóstico positivo para Fibrose Cística no teste do pezinho. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, acerca da vivência de acadêmicos de enfermagem e serviço social da Universidade Federal do Pará sobre a atuação e importância do teste do pezinho. Ocorreu em um projeto de extensão, realizada em uma Unidade Básica de Saúde(UBS) localizada na cidade de Soure-PA. Resultados: Na APS o enfermeiro é principal profissional responsável por diversos acompanhamentos, dentre eles a realização do teste do pezinho nos RNs. O diagnóstico obtido através do teste não é comprobatório, mas traça uma linha de atendimento que esse RN terá que seguir através da suspeita do teste. No caso em questão trata-se de um diagnóstico positivo para fibrose cística; o exame foi realizado no período ouro, entre o 3º e 10º dia de vida, no entanto teve o retorno do resultado com atrasado, apenas no 2º mês da lactente, mas seguindo as etapas necessárias. Para realização do teste fidedigno para diagnostico, foi contactada a Unidade de Referência Especializada(URE) Materno Infantil em Belém-PA para realização do ”teste do suor”, além disso, foi-se necessário a solicitação através da UBS do auxílio Tratamento Fora do Domicílio(TFD) para custear o transporte e moradia para realização do exame na capital; para obter-se o TFD, além da solicitação da UBS há se a necessidade de avaliação da assistência social para verificar-se o núcleo e status familiar. Todo o processo foi extremamente demorado e burocrático, apesar da solicitação de urgência, evidenciando uma falha na gestão do cuidado. Com TFD aprovado e exame agendado aos 3 meses a lactante realizou o teste na URE Materno Infantil em Belém-PA e, felizmente, testou negativo para fibrose cística; mas vale ressaltar, que caso o diagnóstico fosse positivo devido a todo atraso do tramite o tratamento seria iniciado de forma tardia e acarretaria em prováveis sequelas a serem desenvolvidas, ademais, dar-se-ia necessário passar por solicitações mais burocráticas do TFD, já que está lactente possuiria necessidade de cuidados constantes das especialidades na capital. Conclusão: Desse modo, a constante atualização e entendimento de exames básicos que possibilitam um diagnóstico precoce, como o teste do pezinho, tornam-se crucial para um profissional da APS. A avaliação constante da funcionalidade da rede de cuidado torna-se crucial para que sempre se obtenha não apenas a assistência ideal, mas em tempo hábil.