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O presente trabalho se dispõe a discutir o processo de Educação Permanente na formação e apoio às gerências das unidades da Rede de Atenção Psicossocial, quanto às dificuldades e construções que permeiam seu cotidiano. Este processo visa fortalecê-las e propiciar a formação de um coletivo de coordenadores que priorize nortear os processos de trabalho em saúde, num viés  reformista , entendendo que esta seja uma importante forma de resistência e formação de novas subjetividades e mudança de olhar sobre a gestão. Esta proposta partiu da percepção do Núcleo de Gestão ,no que se refere à necessidade de discutir com as gerentes suas funções ,governabilidade e autonomia ao notar que não utilizavam estas ferramentas com a propriedade que o cargo possibilita. Diante deste fato  ,inicialmente agendamos reuniões mensais ,que se tornaram quinzenais por demanda dos integrantes do grupo, composto pelas coordenações das seguintes unidades: 05 Centros de Atenção Psicossocial, 01 Unidade de pronto atendimento na emergência psiquiátrica, 01 Ambulatório ampliado de saúde mental, e 04 residências terapêuticas. Esta experiência foi direcionada pelo conceito de problematização no qual se apóia Educação Permanente em Saúde. Nos encontros os temas discutidos foram escolhidos a partir das dificuldades e/ou situações exitosas experienciadas pelos mesmos. Discussões e reflexões em conjunto  , possibilitaram construir coletivamente  estratégias e outros instrumentos que pudessem compor a caixa de ferramentas dos gerentes ,permitindo ressignificar seu papel e  atuação como responsáveis e integrantes de equipes de Saúde Mental .Percebemos que as gerências ficaram motivadas ,o primeiro resultado desse processo foi o planejamento e realização dos Seminários Internos Integrados cujas datas foram discutidas entre eles para privilegiar a participação dos trabalhadores ,visto que os temas foram elencados nas reuniões de equipe considerando as demandas dos grupos. Os gerentes relatam que esses eventos geraram nós grupos, desejo de sair da rotina onde as tarefas se sobrepõe ao ato de pensar sua prática. As  atividades  , a princípio ,inerentes  a busca de novas  possibilidades para os usuários em face da reabilitação psicossocial também começaram a ser repensadas na tentativa de potencializar as ações existentes. Conclui-se que a proposta de gestão sob a perspectiva da ação no coletivo, com a problematização e posteriormente sobre as práticas exitosas tem sido uma importante estratégia de resolubilidade dos serviços, ação intersetorial e em rede, produzindo uma gestão implicada e potente sobre as práticas cotidianas.