O Consórcio Acadêmico "Fortalecimento da Educação Interprofissional (EIP) na Universidade e na Rede de Atenção em Saúde do Sistema Único de Saúde (SUS)", aprovado pela Pró-Reitoria de Graduação da Universidade de São Paulo é composto por professores/as, estudantes e profissionais de saúde que se articulam entre si para investir na interprofissionalidade, reconhecendo que esta prática é fundamental  para estudantes que já se inserem nas equipes de saúde. Após o processo seletivo, que recebeu 107 inscrições da graduação e 38 da pós-graduação, foram aprovados 11 estudantes, sendo 10 estudantes da graduação dos seguintes cursos: Farmácia; Obstetrícia; Saúde Pública; Educação Física e Esporte; Gestão de Políticas Públicas; Medicina Veterinária; Terapia Ocupacional; Fonoaudiologia; Enfermagem, Nutrição e, 1 estudante do Mestrado Profissional de Formação Interdisciplinar em Saúde, com formação em Psicologia. Em 7 meses de trabalho, foi possível criar um um vínculo grupal, plantando sementes e realizando atividades colaborativas. O grupo constituiu-se  como  um espaço possível para compartilhar e refletir sobre o processo de ensino-aprendizagem, identificar dificuldades, exercer a autonomia na formação e construir novas possibilidades na perspectiva interprofissional. Os bolsistas foram divididos em subgrupos, sendo 2 relacionados às disciplinas optativas, sendo uma teórica e a outra teórico-prática, com inserção nos serviços de saúde, e um terceiro debruçado na criação da identidade visual e no catálogo de avaliações de EIP, previsto na proposta do consórcio. Em reuniões quinzenais, o grupo se reuniu para compartilhar atividades, discutir artigos, estimular o pensamento crítico a respeito da formação e prática interprofissional em saúde e criamos rodas de conversa sobre experiencias de EIP com discentes e docentes. Este projeto nos fez compreender que a Universidade ainda enfrenta desafios para a superação do modelo de ensino tradicional, predominantemente uniprofissional,  individualizante e não integrativo. Por isso, experiências de EIP, podem mostrar um caminho possível para uma formação em saúde comprometida com o cuidado integral e os princípios do SUS e com um modelo pedagógico democrático e prdemocrático, que leve em consideração o protagonismo e autonomia de estudantes.