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Este trabalho teve como propósito analisar os recursos da estratégia Acesso Mais Seguro na Atenção primária, utilizados pelos profissionais no enfrentamento da violência urbana a fim de garantir os serviços de saúde à população adscrita. Para tanto, foi realizado estudo exploratório e descritivo, abordagem qualitativa com 103 profissionais de 17 unidades da CAP 3.2 que utilizam a metodologia para a prevenção de riscos e a promoção da saúde de profissionais e usuários. A pesquisa foi aprovada sob número de parecer CAAE 30057820.2.0000.5238 UFRJ/EEAN e Comitê de Ética da Prefeitura do Município do Rio de Janeiro, sob número CAAE 30057820.23001.5279. Critérios de exclusão: profissionais que não realizaram a capacitação Acesso Mais Seguro e/ou não faziam parte da Comissão Interna das respectivas unidades relacionadas ao protocolo Acesso Mais Seguro, em férias ou licença médica no período de coleta de dados. Para proporcionar o anonimato e sigilo dos participantes do estudo, foram identificados com nomes de pedras preciosas. As informações obtidas através das entrevistas escritas e gravadas foram submetidas à análise dedutiva dando origem a categorias temáticas e analíticas das quais produziremos conhecimentos novos e também explicaremos conhecimentos que antes estavam implícitos. As entrevistas seguiram todos os protocolos exigidos em decorrência da pandemia de Covid19, ocorrendo em espaços ventilados, com distanciamento de 1,5 a 02 metros de cada participante, com uso de máscaras cirúrgicas e solução de álcool em gel sempre que necessário. O estudo espera contribuir para novas práticas que auxiliem no apontamento de medidas e estratégias de prevenção das diferentes formas de violência, além de minimizar os prejuízos à Atenção Básica com as interrupções no atendimento à população. Concluiu-se que, profissionais atuantes em territórios conflagrados pela violência, onde o Poder Paralelo está fortemente presente, através do tráfico de drogas e o crime organizado, o uso do Acesso Mais Seguro torna-se grande aliado no enfrentamento de altos índices de violência e para a criação de estratégias que assegurem o mínimo de segurança aos profissionais e usuários na assistência à saúde. Pôde-se perceber sua atuação não somente como ferramenta preventiva, mas também como uma forma de trazer à discussão, a importância de atividades intersetoriais em relação ao fenômeno multifacetado que é a violência em todas as suas formas e a vulnerabilidade a que estão expostos os usuários pertencentes a estes territórios.