Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Equipe AR-TE - Articulação e Cuidado em Saúde Mental
Joelma de Faria Nicolau Orlando, Maicon de Avila Oliveira, Jacqueline Moerbeck Miranda Gama, Heleno Donizete Novaes Almeida, Suely das Graças Alves Pinto, Paula Cristina da Silva Cavalcanti, Edna Quintino, Sintia Teodoro Soares Dias

Última alteração: 2022-03-10

Resumo


O presente relato tem o objetivo de apresentar uma experiência de trabalho construída no município de Volta Redonda/RJ a partir de uma estratégia de gestão da Área Técnica de Saúde Mental do município. A idealização de uma equipe de Articulação Territorial tem o intuito  de aproximação e  cuidado em saúde mental dos territórios dos usuários dos Centros de Atenção Psicossocial municipais. Desse modo, a atuação da equipe compreende a construção de ações de apoio aos serviços de saúde mental, se aproximando dos próprios territórios, produzindo vínculo e identificando suas demandas, construindo fluxos de comunicação ampliados, planejamento e definindo responsabilidades compartilhadas sobre o cuidado, bem como aproximação com as redes de apoio construídas pelos próprios usuários.

A partir da experiência do trabalho na Equipe de Articulação Territorial, tomamos preocupações iniciais tais como: os desafios para territorialização do cuidado em saúde mental, a descontinuação de redes formais e informais de apoio para as pessoas com sofrimento, os próprios desafios para atuação das equipes de saúde mental como pouca estrutura, insegurança e precarização. Iniciamos nossa atuação de apoio aos serviços para a continuidade do cuidado de Pessoas em Situação de Rua. Ao partirmos dessa preocupação, buscamos aproximação de alguns territórios, tentando entender como relações de proteção e cuidado estavam se tecendo, considerando sobretudo a fragilização do acesso a serviços de saúde, bem como quais demandas nos interrogavam enquanto profissionais no próprio contexto de algumas praças, viadutos e marquises. A partir da aproximação inicial com a rua que buscamos conexões também com diferentes pontos da Rede Atenção Psicossocial, bem como com dispositivos do SUAS como Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro Especializado para Pessoas em Situação de Rua (Centro Pop), Serviço de abrigamento municipal.

Nossa experiência consistiu, em um primeiro momento, em uma estratégia de enfrentamento de duas questões centrais no campo da Saúde mental, a saber, a territorialização do cuidado, especialmente a partir de 2020 com a pandemia de Covid 19; Como consistiu no enfrentamento das barreiras de acesso para a construção de um cuidado ampliado às Pessoas em Situação de Rua. Buscamos trazer à discussão esses desafios, bem como esperamos contribuir com o debate sobre a Integralidade do cuidado,  e ações de apoio entre a saúde mental e a Atenção Primária em Saúde.