Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ANÁLISE DA IMPLEMENTAÇÃO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA (ESF) NO ÂMBITO DA ATENÇÃO BÁSICA SOB O OLHAR DAS PNABs
Andressa Daiana Nascimento do Carmo, Estela Marcia Saraiva Campos, Silvia Lanziotti Azevedo da Silva

Última alteração: 2022-07-12

Resumo


Realizamos uma pesquisa avaliativa do tipo análise de implantação, para a dissertação de mestrado do PPG Saúde Coletiva da Universidade Federal de Juiz de fora (UFJF). A pesquisa foi baseada em um modelo logico e na comparação do desempenho dos seus componentes e indicadores de resultados, selecionados dentro da Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir das PNABs de 2006, 2011 e 2017, e como eles se comportaram após a publicação das políticas. Estes indicadores irão refletir as interferências de cada política do que diz respeito à ESF, se estes achados interferiram na ESF, como modelo prioritário do cuidado dentro da APS no Brasil, e seu impacto na APS.

Para a realização da coleta de dados foram utilizados dados de domínio público, pertencentes ao DATASUS/Tabnet e e-Gestor/SISAB. Estes dados foram coletados para cada uma das cinco regiões do Brasil e para todo território nacional. Após, estes dados foram analisados pelo software estatístico para análise de tendências Joinpoint®. Os componentes avaliados foram: território e adscrição, equipes (eSF, eSB, ACS, NASF), processo de trabalho, planejamento e gestão do território e avaliação e monitoramento dos resultados da ESF.

Após a análise dos dados, foram encontrados resultados diferentes dentro das regiões do Brasil e nos dados nacionais. Na maioria dos achados, houve crescimento da ESF e de seus componentes analisados dentro do modelo lógico após as PNABs 2006 e 2011, onde houve grandes incentivos a implantação da ESF. Após a PNAB de 2017, que permitiu novos arranjos de equipes dentro da APS, a grande maioria dos achados apresentara quedas significativas. É notório que a última política publicada mostrou um desestimulo a implantação e a continuidade do trabalho da ESF, até então adotada como estratégia prioritária na APS brasileira. Este comportamento de desestimulo pode interferir na qualidade da ESF e da APS no Brasil, pois interfere diretamente no processo de trabalho das equipes, nos seus arranjos e nos seus componentes, em especial nos ACS e eSF, que atuam de forma direta dentro deste importante programa do SUS.