Introdução: O etilismo é um importante fator de risco cardiovascular que está presente nos hábitos e estilo de vida dos ribeirinhos. As especificidades vivenciadas por estas populações relacionadas às dificuldades de acesso aos serviços de saúde dificultam o acompanhamento e o tratamento de saúde de forma regular e contínua. Objetivo: Investigar nos estudos transversais a prevalência de etilismo entre as populações ribeirinhas. Método: Revisão sistemática com metanálise com pesquisas realizadas nas bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual em Saúde, Scielo, Portal de Periódico Capes e Repositório de Teses de Dissertações da Universidade Federal do Amazonas. Os termos foram extraídos dos Descritores em Ciências da Saúde combinados por meio dos operadores booleanos OR e AND. Não houve restrição de data, tamanho da amostra e idiomas. Das 68 referências encontradas, 13 artigos atenderam aos critérios de elegibilidade. Na seleção dos artigos foi aplicado o check-list do Strengthening the Reportingof Observational studies in Epidemiology e utilizada a recomendação do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses, como guia para a revisão sistemática. A metanálise e o florest plot foram processados utilizando o software estatístico Stata, versão 13.0. Resultados: O estudo evidenciou que entre 2006 a 2020 a prevalência de etilismo entre os ribeirinhos variou de 17,1% a 44,6% (RR=1,32 IC95% 1,28 – 1,37), com uma síntese através da metanálise de 32% chances de virem a ser etilistas. Considerações Finais: A partir dos índices de prevalência de etilismo, conclui-se que houve diferença estatisticamente significativa nas estimativas do risco relativo nos diferentes anos incluídos na metanálise, favorecendo o fator de risco em comparação com o fator de proteção. A estimativa infere sobre a necessidade de monitoramento e rastreio da extensão do problema a fim de implementar intervenções de prevenção, diagnóstico e tratamento, visando reduzir a incidência de doenças cardiovasculares entre as populações ribeirinhas.