A Gestão do Sistema Único de Saúde (SUS) fica estabelecida como descentralizada em cada um dos níveis de governo e com direção única em cada esfera, a partir da Lei 8080/90, não formata um modelo específico de como cada ente poderá ser organizado, dando  completa autonomia para cada gestor se organizar a partir de sua realidade, necessidade e disponibilidade. São inúmeros os desafios de se fazer gestão em saúde pública, pois além do próprio ato de gerenciar uma pasta, o gestor estará lidando diretamente com vidas e precisa avaliar o impacto das tomadas de decisões sobre a comunidade que a recebe. Neste contexto, é inviável que a gestão seja feita sem um devido alinhamento, não só entre todos os variados setores e dispositivos, mas também num diálogo com os territórios onde esses dispositivos estão inseridos. Partindo dessa concepção de uma gestão compartilhada e descentralizada, poderemos alcançar objetivos amplos e diversos. Nosso estudo se propõe a entender as influências desse modelo de gestão, tomando como referência a saúde municipal em Iranduba, que adotou dentro do Departamento da Atenção Básica, Distritos de Saúde (DISA), que auxilia a gestão nesse processo de descentralização. Investigaremos esse modelo a partir de seus componentes, a Coordenação Distrital de Saúde e seus apoiadores técnicos, isto nos possibilitará realizar uma reflexão sobre modelos para o fortalecimento da gestão em saúde e os reflexos disso na garantia do direito à saúde. Nosso problema central é “Quais os benefícios da Criação dos Distritos de Saúde como componentes da Gestão do SUS em Iranduba?” e nosso objetivo geral “Investigar as características do Modelo de Distritos de Saúde como componentes da Gestão do Sistema Único de Saúde na cidade de Iranduba/AM”. O estudo se caracteriza como uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória, que irá analisar os DISAs a partir do corpo técnico da Secretaria Municipal de Saúde e como suas atuações são refletidas no alcance de metas no Programa Previne Brasil. O Município de Iranduba conta com 23 Equipes de Saúde da Família, sendo 10 do modelo tradicional e 13 equipes ribeirinhas distribuídas e acompanhadas pelos DISAs da seguinte maneira: Urbano (08 ESF), Rural (08 ESF) e Ribeirinho (7 ESF e a UBS Fluvial ainda sem uma Equipe própria). Nosso estudo encontra-se em fase de envio ao comitê de ética em pesquisa para que seja autorizada a coleta de dados no município, porém vale destacar que este modelo encontra-se vigente desde o ano de 2019, e no ano de 2021, o município foi um dos 4 municípios à alcançar nota superior a 7 no Indicador Sintético Final (ISF) recebendo o Certificado Reconhecimento da Atenção Primária à Saúde, o que relacionamos ao modelo de gestão adotado, pois permite uma maior disponibilidade da gestão municipal está próxima as equipes de saúde, orientando, supervisionando, apoiando e fortalecendo o SUS Municipal.