Associação da Rede Unida, 15º Congresso Internacional da Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ESTÚDIO DE TATUAGEM COMO UM LOCAL DE INTERESSE PARA AS VIGILÂNCIAS: uma experiência em Iranduba-AM
João Lucas da Silva Ramos, Eduardo Henrique dos Santos Roca, Vitória Maria Nogueira de Barros, Amanda Alves Andion Nogueira, Raimunda Ângela Lopes Cerdeira, Francirlucya Silva Colares, Jerfeson Nepumuceno Caldas

Última alteração: 2022-02-08

Resumo


A Vigilância em Saúde como proposta de intervenção a partir dos riscos e realidades encontradas nos territórios, não podem se deter apenas o papel de mensuradores de dados encontrados e sim, de parte da intervenção necessária sobre a realidade. Vigilância em Saúde tem sido percebida como um conceito guarda-chuva para um grupo de diferentes abordagens em saúde que podem ser divididas em campos de atuação específicos, para os fins deste trabalho, vamos nos fixar em 04 (quatro), Vigilância Epidemiológica, Vigilância Sanitária, Vigilância em Saúde Ambiental e Vigilância em Saúde do Trabalhador, cada uma delas possui um papel específico, porém todas possuem intersecções importantes, como a função educativa e promotora de cuidado em saúde, quando bem implementadas. O curso de Especialização em Saúde Pública do Instituto Leônidas e Maria Deane - Fiocruz Amazônia, turma de Manacapuru tem em sua matriz curricular a disciplina Vigilância nos Territórios, nesta disciplina nos debruçamos sobre os inúmeros papéis das vigilâncias e seus inúmeros contextos para abordagem e seus principais conceitos, como o Risco e a Territorialização. Ao longo das aulas, ficou-se estabelecida que a atividade final da disciplina seria um seminário após uma visita em um estúdio de tatuagem em Iranduba, para o levantamento de informações a partir dos seguintes disparadores: Apontar um conjunto de riscos associados à saúde no ambiente escolhido realizar uma análise crítica sobre eles (Tipificar os riscos existentes e possíveis associações com doenças e agravos); Associar para cada risco, as medidas de intervenção (controle, eliminação, prevenção e precaução); Para cada situação identificar as vigilâncias envolvidas e as atividades por elas realizadas para situação. Após nossa visita, encontramos as seguintes informações: O material utilizado atualmente na área de tatuagem é em sua maioria não esterilizável, sendo utilizado material descartável; Somente três marcas de tintas são recomendadas à utilização pela ANVISA no Brasil (encontramos duas das três no estúdio); O tatuador ajustou a Caneta Rotativa (principal instrumento de seu trabalho) com tiras de tecido para ajustar a pegada de maneira ergonômica; O espaço é bem iluminado e bem climatizado e o principal E.P.I. utilizado eram as luvas cirúrgicas; O Tatuador informou que o seu espaço não possui alvará sanitário desde a última visita em que a Equipe de Vigilância Sanitária que à época o disse que não sabiam como vistoriar seu tipo de estabelecimento; Não houve a inclusão do estúdio de tatuagem em atividades alusivas ao combate às Hepatites Virais e/ou ao HIV/AIDS mesmo considerando este tipo de atividade como de interesse para a prevenção à esses agravos; O tatuador não sabia onde descartar seu material perfurocortante, armazenando-os em sua casa em local seguro. Esta atividade pôs luz na necessidade de observar que certos pontos de atenção presentes no território não estão acompanhados e orientados por serviços importantes para a Saúde do Município, conseguimos além de levantar informações, levar orientação para a melhoria da segurança na execução da atividade do estúdio, fortalecendo a prevenção e promoção da saúde.