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O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento da população tem acontecido de maneira acelerada nos países em desenvolvimento e, no Brasil, não é diferente. Junto com esse processo de envelhecimento se observa o aumento da incidência de doenças e limitações físicas, aumentando a procura pelos centros de atendimento a essa população. A necessidade de atender de uma maneira mais eficaz aos idosos, levou o Ministério da Saúde (MS) a criar a Política Nacional de Saúde à Pessoa Idosa, sancionada em 2006. O objetivo dessa política, com base nas diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS), é bastante abrangente e visa a promoção, prevenção e recuperação da saúde, por meio de ações resolutivas que acolham essa população de modo individual e também coletivamente. O trabalho aqui relatado segue essa perspectiva coletiva e enfatiza aspectos relativos a um grupo desenvolvido com mulheres idosas com vistas à promoção de saúde mental, em um Centro de Atenção Integral da Melhor Idade (CAIMI) . A criação desse grupo deu-se a partir de demandas especificas das idosas, que constituem a maioria das pessoas atendidas, o que nos levou a reconhecer a necessidade de promover atividades diversificadas que pudessem contemplar uma maior abrangência de temáticas ligadas à qualidade de vida e que viabilizassem um espaço de acolhimento para as questões cotidianas dessas mulheres, sobretudo, as que exigiam esclarecimentos e também escuta atenta por parte da equipe como forma de permitir que elas entrassem em contato com as emoções que se ligam a essas questões. As mulheres idosas recorrem ao serviço por meios diversificados – demanda da família, encaminhamento médico e de outros profissionais e, também, por demanda pessoal. Um ponto importante no trabalho com essa população é conhecer como elas percebem seus problemas e quais recursos usam para enfrenta-los, o que exige uma aproximação com seu cotidiano por meio dos relatos nos grupos. A promoção de saúde mental envolve aspectos múltiplos e passa também pelo reconhecimento de que a saúde não diz respeito apenas aos profissionais da área e as pessoas em atendimento, trata-se de um direito do cidadão, o que passa, dentre outros aspectos, pelas condições de vida, de moradia, saneamento, lazer e a ampliação dos locais de atendimento e dos serviços prestados à população. Nessa direção, o grupo, por meio de suas ações, ao possibilitar o aumento da autoestima, do autocuidado e a percepção de si, tem fortalecido os laços entre essas mulheres e, consequentemente, tem possibilitado o reconhecimento de seus diretos, em especial, do seu direito à saúde