Em março de 2020, a pandemia do novo Coronavírus foi declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dada a rápida disseminação, os governos concentraram seus esforços para implementação de inúmeras estratégias. Nesse contexto, a utilização da telessaúde pode contribuir para a redução da transmissão viral, limitando o contato pessoa a pessoa. Como objetivo buscamos avaliar os impactos da utilização da telessaúde do Núcleo Amazonas/UEA antes e após a pandemia do COVID-19 e como objetivos específicos procuramos comparar as atividades realizadas pela telessaúde nos anos de 2019 e 2020 e verificar as atividades de teleducação e teleatendimento realizadas durante a pandemia. A metodologia foi feita de forma quantitativa e documental para avaliar através dos relatórios de produtividade e da tabulação dos laudos de ECG. A atividade de teleducação representada por webpalestras entre o ano de dezembro de 2019 e dezembro de 2020 possui um total de 409 webpalestras, tendo como principais temas COVID19 (14%), saúde da criança (15%) e outros temas variados (25%). Quando a rede social “Youtube”, referência de webpalestras de teleducação, houve uma procura de mais de 30% em vídeos acerca do tema de COVID-19, junto com um aumento exponencial de mais de 5,5 mil no número de inscrições entre os anos de 2019 e 2020, além disso cerca de 749,3 mil visualizações no ano de 2020. Na área de teleatendimento, foi feito um levantamento de todos os laudos de ECG feitos durante os meses de maio a dezembro de 2020 totalizando cerca de 10.208 laudos sendo 60% normais e 40% alterados, nessa análise também foi avaliado perfil dessa população onde pode-se ver uma prevalencia do sexo femino (55%) e faixa etária entre 40 e 50 anos. Sendo os municípios de Parintins e Itacoatiara os com maiores demandas. O aumento da demanda dos serviços de telessaúde visto desde o início do ano de 2020, baseia-se na necessidade desse distanciamento social como forma de prevenção e diminuição do número de casos da COVID-19, além disso,  o benefício de ser atendido dentro de um ambiente “familiar” facilita em alguns aspectos a aceitação da assistência à saúde e do isolamento social. Em resposta a essa nova forma de assistência, os profissionais e os serviços de saúde têm buscado se adaptar a esse “novo normal” como uma forma de otimizar a gestão do cuidado. As pessoas com COVID-19 tem 1,5% a mais de chance de ter um acidente vascular encefálico, ademais a descompensação de doenças crônicas causada pelo coronavírus, esses fatores trazem uma emergente necessidade de assistência cardiovascular ainda mais específica para pacientes que tiveram ou estão com coronavírus. Sustentando assim, os serviços, por exemplo, da telecardiologia através dos laudos de ECG emitidos.