O presente relato de experiência visa refletir sobre a saúde mental do campo a partir da sistematização das práticas de cuidado em saúde mental desenvolvidos pela terceira equipe de residentes da Residência Multiprofissional em Saúde da Família com ênfase na Saúde das Populações do Campo (RMSFC), em dois distritos rurais de Caruaru/PE, que envolvem territórios da Reforma Agrária do Movimento de Trabalhadores Sem Terra (MST). Para tanto, partimos da perspectiva da Determinação Social da Saúde, ressaltando a importância da dimensão sociopolítica da saúde mental para a oferta de um cuidado integral às mesmas. Ancoradas na metodologia da sistematização em educação popular, analisamos os documentos elaborados durante a residência a partir do conceito de reflexividade, apresentando as atividades realizadas em quatro eixos discursivos: 1) Práticas de Cuidado em Saúde Mental e Educação Popular em Saúde, 2) Educação Permanente e Articulação de Rede, 3) Atuação junto aos Movimentos Sociais do Campo, 4) Participação Popular e Controle Social. Estes visam apresentar experiências singulares a fim de demonstrar a potencialidade do trabalho em saúde territorial e comunitário, ressignificando a atuação dos profissionais de saúde para a garantia do cuidado em saúde mental à população do campo.

Palavras-chave: Saúde Mental, Saúde do Campo, Educação Popular, MST, Residência em Saúde.