Grupo de Passeio como dispositivo de cuidado em saúde

CAPS III SUL - Diadema

Thais C. de Vasconcelos

Analdeci Santos

INTRODUÇÃO E JUSTIFICATIVA

Tomando por base a clínica peripatética[1], que defende a estratégia de cuidado no “ir e vir” caminhando pelo território, transpondo os espaços tradicionalmente constituídos para o cuidado, propõe-se o resgate dessa prática. Buscando formas de ampliar a autonomia e apropriação do território passamos a realizar o que chamamos de Grupo de Passeio.

OBJETIVO

Articular atividades de lazer e de circulação no Território com os usuários inseridos na unidade.

METODOLOGIA

Relato da experiência ocorrida entre Março e Outubro de 2019. Foram organizadas atividades articuladas com vários equipamentos públicos: de cultura, lazer, educação, meio ambiente, etc. O deslocamento é feito por meio de um carro alocado no serviço, transporte público ou caminhando, conforme disponibilidade dos usuários e trabalhadores.

RESULTADOS

Os usuários demonstram uma ‘postura’ na rua, uma maneira de conversar com as pessoas, de transitar pelos espaços, muito diferente da observada no espaço do CAPS. Neste sentido, busca-se empoderá-los da sua autonomia, da potência de vida latente em seus gestos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pesquisas abordam as atividades externas ao espaço físico das unidades como potentes produtoras de autonomia e cuidado em saúde. Também há estudos que apontam a importância do lazer para a saúde e para a organização das ações humanas, como componente inerente do fazer humano para produção de sentido. Porém, reconhece-se que há negligência dessas atividades pela forma como nossa sociedade está organizada.

[1] Lancetti A. Clínica Peripatética. Editora Hucitec, 4ª edição, São Paulo, 2009.