Associação da Rede Unida, Encontro Sul 2019

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
Tamanho da fonte: 
CONSULTA COMPARTILHADA COMO ESTRATÉGIA PARA A ATUAÇÃO INTERPROFISSIONAL NA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Kamille Karolinne Sagrilo, Yuri Atamanczuk Oliveira, Luana Martins Maffei, Clisia Mara Carreira, Airton José Petris, Mathias Roberto Loch

Última alteração: 2019-08-02

Resumo


A Atenção Primária em Saúde (APS) caracteriza-se por priorizar ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, de forma integral e continuada. O trabalho da equipe interdisciplinar de saúde é um trabalho coletivo marcado por uma relação recíproca entre as múltiplas intervenções técnicas e pela interação de diferentes profissionais. A consulta compartilhada é uma modalidade de atendimento aos usuários em que há a intervenção de forma interdisciplinar, com troca de saberes, capacitação e responsabilidades mútuas, proporcionando experiência para todos os profissionais envolvidos e melhor qualidade do cuidado. O objetivo deste estudo é relatar a experiência da consulta compartilhada realizada entre profissionais residentes das áreas de educação física, farmácia e nutrição do programa de Residência Multiprofissional de Saúde da Família (RMSF) da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O presente relato é reflexo da parceria entre profissionais das áreas supracitadas, que no compartilhar da visão integral e multiprofissional inseriram na rotina de trabalho a consulta compartilhada. O agendamento para os atendimentos partiu após a consulta médica, onde eram identificados os usuários por meio de estratificação pré-estabelecida. Posteriormente os prontuários eram analisados pelos profissionais para maior apropriação da condição de saúde dos usuários. Na primeira consulta compartilhada era realizada uma anamnese e a partir disso, estabelecido à necessidade de retornos. Nos atendimentos consecutivos, foram avaliados os dados antropométricos e exames laboratoriais (perfil glicêmico/lipídico e creatinina) como complementos necessários para a elaboração das orientações específicas.  Os usuários também receberam orientações gerais sobre alimentação, ingesta hídrica, autocuidado, realização de atividades físicas e uso racional de medicamentos, sendo considerados os determinantes sociais que cercam a vida daquele usuário. A estratégia implementada destacou o protagonismo do usuário e pode ser considerada uma ferramenta potente para a integralidade do cuidado, sendo capaz de fortalecer o vínculo entre as profissões e produzir intervenções com diferentes saberes para um objetivo em comum.