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A pesquisa investiga as afetações do Coletivo ElityTrans, a partir das ações de comunicação popular e comunitária do Observatório de Políticas Públicas e Educação em Saúde, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), por meio do Projeto de Extensão “Plataformas Digitais: a produção comunitária de novas narrativas alternativas ao discurso hegemônico, como dispositivo de produção de novos sentidos”, do Departamento de Comunicação, em curso desde o ano de 2017. O objetivo é investigar como os processos de produção de um programa para web rádio colaborou como um dos disparadores de luta deste movimento social, formado por homens e mulheres transexuais e travestis, da cidade de Londrina, interior do Estado do Paraná, por meio da proposta metodológica da Cartografia Sentimental. O protagonismo da população T tem intuito de gerar novos sentidos, afetações, deslocamentos de estigmas, em combate por transformações sociais. A produção de narrativas contra hegemônicas pela própria população e para a população de homens e mulheres transexuais e travestis, sem interferências de editores ou profissionais de comunicação que trabalhem com visões verticais e estigmatizadoras, faz com que a proposta horizontalizada permita a criação de novas possibilidades de dizibilidades e visibilidades. A participação dos envolvidos e envolvidas perpassa todos os processos de produção, desde os gêneros e formatos jornalísticos, à veiculação radiofônica. No caso de nossa revista eletrônica, os quadros, as músicas, as pautas e todos os conteúdos são frutos do “fazer com”, vigiando-se sempre com relação à herança colonizadora, neoliberal e um tanto fascista, do “fazer por” ou do “fazer para”.   Os programas são produzidos e gravados na cidade de Londrina, porém as pautas têm relevância nacional, o que leva a produção buscar como fontes as lideranças, ativistas e estudiosos de todo país, tornando-se uma referência contra hegemônica de comunicação para esta população de forma mais diversa e ampliada. Pode-se perceber que o processo de produção popular e comunitária do programa de web rádio É Babado, Kyrida! foi um importante dispositivo disparador de ações do movimento de homens e mulheres transexuais e travestis da cidade de Londrina.