Associação da Rede Unida, Iº Colóquio CISMEPAR
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2019-11-19
Resumo
A Unidade da Mama foi implantada em 05 de maio de 2015 tendo parceria da SESA, com a finalidade de detecção precoce e encaminhamento para tratamento do Câncer de Mama. Neste, será retratado de fluxo de processos de trabalho que garantem qualidade e agilidade ao acesso adequado a serviços especializados no Tratamento de Câncer e outras alterações benignas da Mama. O objetivo é descrever desde a captação dos exames alterados até os encaminhamentos para garantia de tratamento e encaminhamento e definição do tratamento dos usuários acometidos pela morbidade. A captação dos exames acontecem através da comunicação por e-mail para a unidade da mama, dos laudos dos laboratórios que realizam exames de mamografia e ultrasson de mamas os quais são classificados como BIRADS 4 e 5. Nesta são realizados a leitura destes laudos e encaminhados para departamento de regulação através da ferramenta informatizada – SOLUS, onde é regulado pela enfermeira reguladora. Pós regulação, o responsável faz o agendamento das consultas com a especialista, comunica o município/ubs de origem através de e-mail informando a data e a hora da consulta e faz contato através de telefone diretamente com o usuário. Na primeira consulta especializada, conforme conduta médica o usuário tem acesso rápido a exames de USG mamas, core biopsy ou PAAF, realizados na própria unidade. Com resultado dos exames realizados podem seguir para 4 tipos de encaminhamentos/seguimentos: ao Hospital do Câncer de Londrina (HCL) – serviços de Oncologia e Mastologia, acompanhamento na unidade da mama, consulta com a mastologista e acompanhamento na atenção primária (APS). Após definição do caso, ao encaminhar ao HCL, os exames para o estadiamento são realizados antes da data de agendamento do paciente promovendo agilidade na conduta e instituição do tratamento. Nos dois primeiros encaminhamentos os casos são acompanhados através de busca ativa até a alta do paciente, os dois últimos são contra-referenciados para os serviços para seguimento. Resultados: Desde a implantação do ambulatório até outubro/2019 foram atendidos na unidade 1552 pacientes, destes 435 pacientes foram encaminhados para HCL (28%), para a APS 340 (22%), para Mastologia 332 (21,4%) e destes 8 óbitos, e cerca de 77 pacientes estão em acompanhamento na Unidade da Mama. A gestão do caso visa a redução de tempo de espera entre a realização dos exames até os encaminhamentos, sendo um dos resultados mais sensíveis, o outro são os encaminhamentos qualificados para o serviço terciário que é agilizado entre o tempo de espera e a realização dos exames para o estadiamento dos pacientes, dessa forma a maioria dos casos os tratamentos são instituídos na primeira consulta com a Oncologia e na Mastologia. Cumprindo com vários objetivos em advogar as necessidades e as expectativas de pessoas usuárias em situação especial, prover o serviço certo à pessoa certa, aumentar a qualidade do cuidado e diminuir a fragmentação da atenção à saúde. Como as alterações de mamas tem um impacto biopsicossocial na vida das mulheres, a gestão de casos é eficiente em termos de agilidade, encaminhamentos e resultados, trazendo um tratamento individualizado e humanizado.