Associação da Rede Unida, Iº Colóquio CISMEPAR

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Gente ajudando gente
Valeria Brandilione, Ivonete Santos de Souza

Última alteração: 2019-11-19

Resumo


No ano de 2015, partiu de uma colaborada a iniciativa de começar a trazer algumas roupas e deixar no armário dela, para que se caso alguma pessoa necessitasse tivesse como ajuda-la. Assim, pessoas que viessem para algum tipo de atendimento no serviço e que em dias de mudança de tempo se molhassem, ou precisassem de uma roupa de frio, e também aquelas que apresentassem alguma intercorrência como incontinência urinária e/ou fecal e vômitos poderiam ser atendidas. Após, perceber que realmente existia uma boa demanda, então convidou mais colaboradoras para ajuda-la, assim se uniram para criar o projeto Gente Ajudando Gente. Com o passar do tempo, também se percebeu que algumas pessoas vinham de cidades distantes para o atendimento, saindo cedo e retornando para casa somente no final da tarde sem condições de custear uma refeição, as mesmas se mobilizaram também para ajuda-las. No que se refere a arrecadação das roupas, o projeto conta com a divulgação entre os colaboradores do Cismepar. As roupas arrecadadas são selecionadas; pois nem todas são uteis para o objetivo do serviço, depois são levadas pelas colaboradoras para serem lavadas em suas casas.  Após são separadas por tamanhos, modelos, embaladas e armazenadas em um armário que fica disponível no 2° piso. Além das roupas, o projeto também conta com disponibilidade de fraldas de diferentes tamanhos. No que se refere a alimentação, esta ajuda vem muitas vezes por meio de um chá e bolacha fornecido pelo próprio Cismepar, e em casos da necessidade de um lanche mais reforçado contam com a ajuda da casa apoio e /ou arrecadação coletiva entre os próprios colaboradores do setor. Com esse trabalho extra-enfermagem é possível perceber e sentir a gratidão das pessoas, pois elas não esquecem o carinho, o cuidado, o amor, recebido naquele momento de constrangimento e/ou de necessidade. Hoje os próprios médicos do serviço já reconhecem o trabalho do projeto, e ao perceber a necessidade das pessoas já orientam a procurar a equipe de enfermagem para serem acolhidas. A quem participa fica a satisfação e a sensação de dever cumprido e a quem recebe a dignidade restabelecida.