Associação da Rede Unida, Iº Colóquio CISMEPAR
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2019-11-25
Resumo
Apresentação do trabalho: O processo de organização dos ambientes de saúde, como os ambulatórios, e alguns serviços de apoio ao trabalho em saúde não “aparecem”, o que podemos chamar de trabalhos socialmente invisíveis. Neste sentido este trabalho visa tentar mapear a importância destes trabalhos dentro do Cismepar, analisando as relações de trabalho e o papel histórico destes serviços. Desenvolvimento do trabalho: O trabalho no Brasil, devido aos 500 anos de escravidão, é permeado por características próprias, considerando que os serviços que incluem limpeza, trabalhos braçais eram exclusivos das classes economicamente menos favorecidos. O trabalho tinha correlação com castigo, má remuneração. Com o advento da industrialização alguns direitos sociais foram sendo conquistados, as profissões foram se refazendo e redefinindo, e uma das grandes conquistas foi a criação do SUS. Mas ainda existem os trabalhos socialmente invisíveis, pouco reconhecidos economicamente, culturalmente e “presencialmente”, fatos estes ocorridos no nosso cotidiano. Neste sentido se torna necessário expor algumas situações vivenciadas no dia a dia e refletir sobre isto. Temos o Serviço Social e a Ouvidoria serviços de apoio em saúde, trabalhando direitos sociais e políticas públicas, serviços novos/antigos, recentes, desconhecidos, mal interpretados. Resultados: Todo o trabalho é interligado dentro de um sistema, e hoje com a crescente judicialização da saúde possuímos muitas demandas/atendimentos/questionamentos com relação a acesso a consultas, cirurgias, medicamentos, benefícios previdenciários, etc, além de tudo ser visto e julgado dentro do sistema público. Hoje o funcionário público é culpabilizado por situações amplas e complexas que fogem de sua alçada de decisões e de sua responsabilidade, por isto torna-se necessário ocupar os espaços profissionais com responsabilidade e usar o processo educativo no sentido de instrumentalizar nossos pacientes da importância do Sistema Único de Saúde. Neste sentido fazemos parte de um mesmo processo histórico, o de construção de um SUS, todos nós profissionais fazendo parte da escuta, resolutividade e empoderamento social, cabendo a cada um de nós valorizarmos nosso espaço profissional.