Associação da Rede Unida, Iº Colóquio CISMEPAR

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O trabalho em Estimulação precoce
Camila Tavares Sanches, Tamiris Sasaki de Oliveira, Fernanda Assalim Vilela Passarelli, Roberta Vivan Macedo

Última alteração: 2019-11-25

Resumo


O trabalho em estimulação precoce no Centro Mãe Paranaense tem como foco trabalhar as relações entre o bebê e sua família (ou cuidadores) para garantir ao bebê alcançar os marcos do desenvolvimento esperado para sua idade, os quais estão atrelados aos vínculos afetivos construído na relação com seus familiares. A equipe técnica que trabalha com estimulação precoce é composta por: 10 psicólogas, 1 assistente social, 3 fisioterapeutas, 2 fonoaudiólogas, 1 psicopedagoga, 1 enfermeira e 1 pediatra. O paciente que é encaminhado para este serviço via UBS, inicialmente passa por consulta com pediatra que, após avaliar o quadro da criança encaminha ou não para a Estimulação Precoce. Inicialmente a criança passa por uma triagem com dupla de profissionais e, neste primeiro contato já é aplicado o instrumento de avaliação IRDI – Indicadores de Risco para o Desenvolvimento Infantil. Observando-se a necessidade, a criança é encaminhada para avaliação neste mesmo ambulatório e esta é composta por, em média, 4 atendimentos, em que é avaliado o desenvolvimento global da criança. Avalia-se como o paciente está em relação aos aspectos motores, cognitivo, sensorial, linguagem e psíquicos. Após o término da avaliação o IRDI é reaplicado e, então o profissional discute com equipe interdisciplinar sobre o que foi observado e, a partir disso é realizado o encaminhamento. A criança pode ser encaminhada para atendimento em outra instituição, receber alta ou tomada para atendimento em EP no CMPR, sendo traçado o plano terapêutico de acordo com a necessidade apresentada de cada caso. A participação da família nos atendimentos é fundamental pois os profissionais em estimulação precoce precisam resgatar a história dessa criança que vem para o atendimento, entendendo a sua pré-história, bem como o lugar que essa criança ocupa na família. Os atendimentos são organizados através do brincar levando em consideração o desejo da criança. É por meio das produções do bebê, isto é, o brincar, a forma como organiza o seu corpo, as produções sonoras, o que convoca o seu olhar e a relação construída com os seus pais, ou ainda com quem exerce a função materna e paterna, que possibilita aos profissionais entenderem como está sendo organizado a constituição subjetiva do sujeito.