Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ATUAÇÃO EM BRINQUEDOTECA HOSPITLAR: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Iza Belle Gomes Rodrigues, Aline Mendes Cardoso, Edna Ferreira Coelho Galvão

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Introdução: O ato de brincar faz parte da vida de qualquer ser humano, mas na vida da criança é o motor do seu desenvolvimento, é a forma como se expressa no mundo, é a sua própria vida. E como tal, pode ser desenvolvido em qualquer espaço, um deles é o ambiente hospitalar. Neste espaço, o brincar tem função essencial no processo de melhoria da autoestima e motivação para o enfrentamento da realidade vivenciada. As atividades lúdicas, desenvolvidas nesse ambiente, proporcionam diminuição do estresse, da dor, da angústia, da tristeza e da baixa autoestima causados pelo período de internação. Através da brincadeira a criança se diverte, interage, aprende, imagina, inventa, sorri, e com isso, tem a possibilidade de enfrentar a situação pela qual está passando, com mais ânimo e positividade. Objetivo: Descrever a experiência da atuação de acadêmicas de enfermagem em uma brinquedoteca hospitalar com pacientes pediátricos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência desenvolvido no ano de 2017, por acadêmicas do curso de enfermagem e docentes da Universidade do Estado do Pará em Santarém, a partir do projeto “Brinquedoteca Hospitalar”, desenvolvido em um Hospital Público Estadual do município, mais precisamente nas dependências do “Espaço do Brincar” da pediatria. O projeto é desenvolvido todos os dias da semana no período matutino com atividades de: desenhos pinturas, jogos, filmes, contação de histórias, interação com brinquedos. Resultados: A rotatividades de crianças internadas na pediatria, faz com que nossa interação com a criança se dê em poucos encontros, com tudo, pela observação foi possível perceber o quanto as crianças demonstram satisfação, alegria quando percebem nossa entrada no setor da pediatria pelas janelas de vidro. Este é o momento do diferente, da saída do quarto/leito, de interagir com outras pessoas/crianças, é o momento da fantasia, como se houvesse uma suspensão da dor e do isolamento, e a vida voltasse ao normal. Experienciar esta realidade e contribuir, de alguma forma, com a alegria destas crianças produz uma sensação de felicidade e dever cumprido, pois observamos a importância e a diferença que o brincar no hospital produz na vida não só das crianças, mas também dos cuidadores, para estes o momento da brincadeira representa um espaço de cuidado de si, é o momento do banho, do alimento, da conversa com outras pessoas, de descaso das preocupações e responsabilidades diárias. O projeto para além da simples brincadeira vem produzindo conforto e ânimo para crianças e acompanhantes. Considerações finais: Esta tem sido uma experiência bastante positiva. O brincar na unidade hospitalar estabelece intima relação com o princípio de humanização no atendimento em saúde. A relação entre brinquedista, criança e cuidadores reconfigura a percepção do espaço, do tratamento; o foco na ludicidade, na interação, na fantasia, permite, mesmo que por poucos momentos, a fuga da dura realidade presenciada no hospital. Pelo brincar a criança tem a permissão para ser criança novamente.


Palavras-chave


Brincar, ambiente hospitalar, criança.