Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-06
Resumo
Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde subsidia a formação de profissionais de saúde para atender ao perfil socioepidemiológico da população brasileira, fortalece a prática acadêmica e integra a universidade em atividades de ensino, pesquisa e extensão, com demandas sociais de forma compartilhada, sinalizando para o investimento em um processo formativo contextualizado e concreto, pautado nas dimensões sociais, econômicas e culturais da população, integrando o saber popular com o saber científico e a teoria à prática. Com isso, objetiva-se discutir a importância do Programa para a formação acadêmica dos estudantes de graduação em saúde, e dos profissionais que atuam na Estratégia de Saúde Família - ESF, utilizando, para isso, ações de integração ensino-serviço-comunidade.
Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um relato de experiência, numa perspectiva crítico-reflexiva, vivenciada por estudantes do curso de graduação em enfermagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante o período de março de 2016 a dezembro de 2017. Nesse período, foram observadas e avaliadas ações desenvolvidas pelo PET Saúde, do município de Natal/RN, em Unidades Básicas de Saúde, e sua relevância para a formação dos estudantes e profissionais envolvidos.
Resultados e Impactos: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) surgiu para subsidiar a formação de profissionais de saúde para atender ao perfil socioepidemiológico da população brasileira, além de proporcionar uma formação reorientada para as práticas assistenciais, o processo de trabalho e a construção do conhecimento a partir das necessidades do serviço e da população. Nesse sentido, o programa encontra-se contextualizado na Política de Educação Permanente em Saúde, que defende o conceito de aprendizagem-trabalho como sendo aquela que acontece no cotidiano das pessoas e dos serviços, e propõe que o processo de educação dos trabalhadores da saúde se faça a partir da problematização do processo de trabalho, pautando a necessidade de formação e desenvolvimento dos trabalhadores pelas necessidades de saúde das pessoas. Desse modo, um bom ponto de partida para o desenvolvimento de uma estratégia consistente de educação permanente seria conhecer a realidade dos serviços e, a partir das experiências já adquiridas pelos profissionais, levantar sugestões e promover espaços de troca e discussões relativas ao processo de trabalho. A educação permanente leva os profissionais a repensarem sua prática, entenderem os processos de trabalho nos quais estão inseridos, e reverem condutas, fazendo-os buscarem novas estratégias de intervenção, superação de dificuldades individuais e coletivas no trabalho.
Considerações finais: O investimento dos Ministérios da Saúde e da Educação no envolvimento de alunos de graduação, profissionais de serviços públicos, que atuam como preceptores, e professores de Instituições de Educação Superior, no papel de tutores, contribui significativamente para formação diferenciada dos graduandos, além de ajudar na capacitação e fomento do conhecimento dos profissionais envolvidos. Sendo assim, o programa auxilia no estabelecimento de uma relação mais próxima entre serviços públicos de saúde e universidades.