Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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AS CONTRIBUIÇÕES DO PET-SAÚDE PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS E ESTUDANTES DE GRADUAÇÃO
Raissa Lima Coura Vasconcelos, Bianca Calheiros Cardoso, Fillipi André dos Santos Silva, Jordana de Oliveira Freire, Marília Souto de Araújo, Márcia Laélia de Oliveira Silva, Nayara Cristina da Silva Bento, Soraya Maria de Medeiros

Última alteração: 2018-01-06

Resumo


Apresentação: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET-Saúde subsidia a formação de profissionais de saúde para atender ao perfil socioepidemiológico da população brasileira, fortalece a prática acadêmica e integra a universidade em atividades de ensino, pesquisa e extensão, com demandas sociais de forma compartilhada, sinalizando para o investimento em um processo formativo contextualizado e concreto, pautado nas dimensões sociais, econômicas e culturais da população, integrando o saber popular com o saber científico e a teoria à prática. Com isso, objetiva-se discutir a importância do Programa para a formação acadêmica dos estudantes de graduação em saúde, e dos profissionais que atuam na Estratégia de Saúde Família - ESF, utilizando, para isso, ações de integração ensino-serviço-comunidade.

Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um relato de experiência, numa perspectiva crítico-reflexiva, vivenciada por estudantes do curso de graduação em enfermagem, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, durante o período de março de 2016 a dezembro de 2017. Nesse período, foram observadas e avaliadas ações desenvolvidas pelo PET Saúde, do município de Natal/RN, em Unidades Básicas de Saúde, e sua relevância para a formação dos estudantes e profissionais envolvidos.

Resultados e Impactos: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) surgiu para subsidiar a formação de profissionais de saúde para atender ao perfil socioepidemiológico da população brasileira, além de proporcionar uma formação reorientada para as práticas assistenciais, o processo de trabalho e a construção do conhecimento a partir das necessidades do serviço e da população. Nesse sentido, o programa encontra-se contextualizado na Política de Educação Permanente em Saúde, que defende o conceito de aprendizagem-trabalho como sendo aquela que acontece no cotidiano das pessoas e dos serviços, e propõe que o processo de educação dos trabalhadores da saúde se faça a partir da problematização do processo de trabalho, pautando a necessidade de formação e desenvolvimento dos trabalhadores pelas necessidades de saúde das pessoas. Desse modo, um bom ponto de partida para o desenvolvimento de uma estratégia consistente de educação permanente seria conhecer a realidade dos serviços e, a partir das experiências já adquiridas pelos profissionais, levantar sugestões e promover espaços de troca e discussões relativas ao processo de trabalho. A educação permanente leva os profissionais a repensarem sua prática, entenderem os processos de trabalho nos quais estão inseridos, e reverem condutas, fazendo-os buscarem novas estratégias de intervenção, superação de dificuldades individuais e coletivas no trabalho.

Considerações finais: O investimento dos Ministérios da Saúde e da Educação no envolvimento de alunos de graduação, profissionais de serviços públicos, que atuam como preceptores, e professores de Instituições de Educação Superior, no papel de tutores, contribui significativamente para formação diferenciada dos graduandos, além de ajudar na capacitação e fomento do conhecimento dos profissionais envolvidos. Sendo assim, o programa auxilia no estabelecimento de uma relação mais próxima entre serviços públicos de saúde e universidades.


Palavras-chave


Educação em Saúde; Atenção Primária à Saúde; Serviços de Integração Docente-Assistencial