Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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O USO DE MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA O ALÍVIO DA DOR DO PARTO
GRACIANA de Sousa LOPES, Deiziane Lima SILVA, Luciana Barros de Lima Matuchewski, Anny Wanessa dos Santos Nogueira, Monike Emyline Andrade Rodrigues, Deborah Cristina Pinheiro da Silva, Erika Juliane Mendonça de Lima, Mirélia de Araúo Rodrigues de Araúo

Última alteração: 2018-05-27

Resumo


Apresentação: O parto é um evento natural e biológico, portanto é necessário que se transmita esse entendimento a parturiente, pois as dores e contrações são componentes integrantes durante o nascimento. Para isso é de fundamental importância da realização com a parturiente dos métodos de alívio da dor, com a finalidade de proporcionar uma melhor vivência na experiência do parto. A assistência ao parto humanizado é o mesmo que respeitar a mulher como um ser humano individual, em um momento ímpar da sua vida no qual que requer uma atenção especial. Bem como expressa também um respeito ao novo ser humano que está a chegar e seu direito em receber a melhor assistência para um nascimento saudável, tranquilo e sem traumas. A dor do trabalho de parto é a principal queixa das parturientes, sendo um medo que as acompanha ao longo do período gestacional até que esta inicie o processo de parturição, fato que na maioria das vezes torna um momento tão único e especial em uma experiência desagradável, muitas vezes até traumática, podendo levá-las a optar por realizar uma cesariana desnecessária. Para os profissionais de saúde o método de alívio da dor torna- se uma oportunidade de colocar seu conhecimento em prática, intervindo e minimizando essa dor, proporcionando o bem estar da grávida. A dor é uma percepção individual que ocasiona alterações tanto psicológicas como biológicas às parturientes, logo definir e esclarecer a forma como a gestante pretende dar à luz torna-se um fato bastante questionável em razão do medo desses gestantes e dos próprios profissionais de saúde que associam a dor ao um leque de medicamentos existentes que se não curam à elimina. Entretanto a dor não está ligada somente a uma sensação física e em virtude disto os métodos naturais para o alívio da tal tornam-se considerais e favoráveis. Objetivo: Descrever os benefícios da aplicação dos métodos não farmacológicos no alívio da dor no trabalho de parto, de acordo com a literatura científica. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de uma Revisão Integrativa da Literatura. As buscas dos artigos científicos foram realizadas nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino- Americana em Ciências da Saúde (LILACS). Elegibilidade: Foram selecionados artigos científicos realizados no Brasil, em língua portuguesa, que foram publicados no período de 2007 a 2017, aqueles que respondiam aos objetivos geral e específicos do estudo e artigos disponíveis gratuitamente e na íntegra. Inelegibilidade: Foram excluídos artigos científicos realizados em países estrangeiros, em língua estrangeira, os que foram publicados anterior ao ano e 2007, que não respondiam aos objetivos do trabalho. Resultados e/ou impactos: Os principais métodos não farmacológico utilizados para o alívio da dor do parto são: a bola Suíça que vem sendo bastante utilizado pelas as equipes multiprofissionais, pois proporciona benefícios para a gestante em seu processo de parturição. A utilização desse método vem com o objetivo de acelerar essa progressão no trabalho de parto e sendo assim uma das técnicas mais bem aceita durante a gestação, que não causam muitos gastos e é de fácil manuseio. A bola é mais indicada quando a dilatação da parturiente atingir ao menos 4 cm até atingir um resultado satisfatório. A Deambulação que deve ser estimulada principalmente na fase ativa do parto, o que foi possível comprovar através de uma pesquisa de campo, onde verificou-se que entre as primigestas que chegavam aos 5 cm de dilatação, as que haviam deambulado mais relatavam um escore de dor mais alto, concluindo-se que esse aumento da sensação dolorosa é concomitante com a deambulação prolongada, visto que essa ação faz com que ocorra uma facilitação do encaixe da apresentação fetal, o mesmo supõe que o escore de dor aumentado está relacionado a este fator. O Exercício de respiração (Respiração diafragmática) que tem como objetivo diminuir a dor e favorecer as condições de saturação sanguínea da mãe (especificamente de O2). A maioria dos exercícios respiratórios não anulam a dor mas ajudam na redução desta sensação dolorosa, além da diminuição da ansiedade. A respiração diafragmática, realizada de forma lenta e profunda é um dos tipos utilizados para a diminuição da dor no trabalho de parto. A Hidroterapia que é uma das técnicas instituídas no período do pré parto tal método é o mais adequado para a situação gravídica, pois tem como característica reduzir a dor de intensidade leve e moderada, visto que a pressão hidrostática, diminui tal intensidade. Trata-se de uma técnica não invasiva de estimulação cutânea de calor superficial que associada a intensidade e tempo de aplicação, produz efeito local, regional e geral e dessa forma apresenta-se como tratamento complementar e alternativo para a prática obstétrica. Presença do acompanhante onde a atenção nesse momento deve partir da compreensão de que o parto é um momento único e de grande amplitude emocional e física, no qual os fatores fisiológicos, sociais, culturais e psicológicos estão relacionados ao longo do trabalho de parto, é neste momento que a parturiente ira conhecer diversos tipos de sentimentos e sensações, necessitando de apoio emocional, onde a presença de um acompanhante para amparo e segurança da parturiente ou de um apoio firme à sua frente são fundamentais, o que é regulamentado de acordo com a Lei Nº 11.108, de 7 de abril de 2005 os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde, “da rede própria ou conveniada, ficam obrigados a permitir a presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato”, assim há a necessidade de se trabalhar com os profissionais da saúde uma atenção direcionada também ao acompanhante, esclarecendo dúvidas e prestando um atendimento cada vez mais humanizado e integral. Considerações finais: As principais contribuições deste estudo é fornecer a profissionais e estudantes da área da saúde um subsídio para adquirir conhecimentos pertinente aos métodos não farmacológicos utilizados durante o todo o processo de parturição, que ao nosso ponto de vista é bastante relevante no sentido de contribuir para a humanização do nascimento, para uma assistência de qualidade voltada para as necessidades das parturientes visando também aumentar os níveis de satisfação das mesmas em relação à assistência que lhes foi prestada durante o trabalho de parto.


Palavras-chave


Gravidez; Parto normal;casas de parto; preferência do paciente