Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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CONTEXTO E MUDANÇAS DAS CONFERÊNCIAS NACIONAIS: PRÁTICAS EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE
Gabriella Martins Soares, Amanda Tavares da Silva, Nayara Costa de Souza, Indira Silva dos Santos, Leidiane Pereira da Silva, Joice Ferreira Farias, Aryanne Lira dos Santos Chaves, Nair Chase da Silva

Última alteração: 2017-12-27

Resumo


APRESENTAÇÃO: As conferências de saúde são etapas muito importantes para a construção e desenvolvimento do Sistema Único de Saúde (SUS) onde a sociedade contribui ativamente no planejamento, controle e gestão das políticas públicas direcionadas ao setor da saúde. O direito a saúde é relativamente novo no âmbito social e um dever do estado contribuir para a manutenção e prevenção da vida de sua população. Durante o decorrer das décadas já foram realizadas 14 destas conferências sendo que a mais importante e considerada uma divisão histórica para a população brasileira, pois antes da 8º conferência nacional de saúde realizada em 1986, a população brasileira era desprovida de atendimento a saúde onde somente algumas classes sociais obtinham esse benefício como os trabalhadores com carteira assinada por meio da previdência social. Porém, com o movimento da reforma sanitária foram enviadas algumas teses que foram escritas por profissionais da saúde para a 8º Conferência que culminaram com oficialização do direito à saúde na constituição federal de 1988 e concretizada no ano de 1990 com a criação do Sistema Único de Saúde. Com a promulgação na Constituição Federal de 1988, foram instituídos muitos mecanismos e sistemas que influenciaram a participação social ainda mais sendo exemplo a própria conferência, os conselhos, audiências e consultas públicas que necessitam do envolvimento da população para que se desenvolvam novos projetos e ampliação do Sistema Único de Saúde. O Objetivo deste relato é explanar a importância das conferências de saúde visando informar e incentivar a população sobre a participação social e o direito a saúde por meio da educação em saúde. DESENVOLVIMENTO: Relato de experiência oriundo de atividades práticas da disciplina Educação em Saúde, realizada na Escola Estadual Angelo Ramazzotti e na Escola de Enfermagem de Manaus, ambos localizados na Zona Centro-Sul de Manaus-AM. Após as aulas teóricas para melhor conhecer e assimilar os temas a serem abordados optou-se pela divisão de grupos, para apresentarem os assuntos administrados em sala de aula. Foram executadas quatro apresentações sendo três delas na Escola Estadual Angelo Ramazzotti, nos dias 12 e 19 de junho, e uma na universidade – Escola de Enfermagem de Manaus –, no dia 25 de junho. Os assuntos a serem abordados foram fracionados em três subdivisões: Conferências Nacionais, Participação Social e Direito à Saúde, usando como recursos a confecção de folder e cartazes, além da utilização do quadro branco e pincel para que os ouvintes pudessem acompanhar de uma melhor forma aquilo que estava sendo explanado. Ao final de cada aula ministrada, foi realizada uma atividade com os ouvintes a fim de avaliar o nível de compreensão referente aos assuntos ministrados, além do preenchimento de fichas avaliativas sobre a apresentação das acadêmicas, onde nesta ficha constavam oito itens que são: Primeiro (01): Conhecimento do tema; Segundo (02): Clareza na exposição; Terceiro (03): segurança na exposição; Quarto (04) Entusiasmo na exposição; Quinto (05): Importância dos tópicos abordados; Sexto (06): Distribuição dos tópicos no tempo; Sétimo (07): Duração da aula; Oitavo (08): Utilização de recursos como quadro, data show etc., e continham 05 opções de respostas (01 Insegurança, 02 Regular, 03 Bom, 04 Muito bom e a 05 Excelente) sendo necessário apenas a marcação de um (X) na alternativa desejada pelo participante. RESULTADOS E IMPACTOS: O público participante deste relato tinha entre 14 a 20 anos de idade, de ambos os sexos. Quanto à escolaridade, os alunos apresentavam-se cursando desde o ensino médio ao ensino superior. Foram ministradas o quantitativo de quatro apresentações, a primeira na Escola Estadual Angelo Ramazzotti, no dia 12 de junho, destinada aos alunos de nono ano, a segunda apresentação ocorreu na mesma escola, no dia 19 de junho para alunos do primeiro ano do ensino médio, terceira apresentação, ainda na mesma escola, ministrada para os alunos do terceiro ano do ensino médio e a quarta apresentação ocorreu na Escola de Enfermagem de Manaus, no dia 25 de junho, para os acadêmicos de primeiro período do curso de Enfermagem. Antes de iniciarem as apresentações, folders que continham resumos do que seria explicado foram distribuídos para todos da sala. As apresentações iniciavam se com uma breve apresentação da equipe de acadêmicos, e logo em seguida davam início ao tema. Durante a palestra, de uma maneira geral, as acadêmicas conseguiram obter o domínio de sala e contavam com a participação dos alunos e professores. Durante uma as apresentações várias indagações e questionamentos foram feitos pelos professores e alunos que estava em sala, até mesmo comentários sobre a saúde e debate sobre os direitos e deveres dos cidadãos, tornando a apresentação mais interessante e prática, pois houve relatos sobre alguns acontecimentos vividos quanto ao assunto discutido. No final, foram feitas algumas perguntas para avaliar o entendimento dos alunos quanto ao conteúdo exposto, e aqueles que respondiam corretamente eram premiados. Após a dinâmica, foram distribuídas as fichas para avaliação da palestra. No total participaram da avaliação 127 alunos e acadêmicos, e o percentual das 05 opções de respostas foi de 1% Insegurança, 1% Regular, 16% Bom, 31% Muito bom e a 51% Excelente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Ao longo da vivência e realizações das atividades foi evidenciado que a educação em saúde pode ser compreendida como uma forma de atividade que busca mesclar diversos conceitos e dados que se concretizam em ações que visem educar o individuo seja o estimulando de modo coletivo ou individual, a participar da educação, sempre objetivando a melhora da qualidade de vida e da saúde da população. Portanto, verificar que as ações de educação em saúde não são inócuas, mas podem gerar mudanças positivas e transformadoras como ao cidadão que perceber-se como ator fundamental na reivindicação pelo direito à saúde e passa a ser visto como um grande aliado na construção da universalização do direito à saúde. O Enfermeiro, como profissional de saúde precisa ser capaz de identificar os níveis de suas ações no processo educativo, refletindo a necessidade de se desvincular da sua prática assistencial, colocando-se como educador justamente pela ação recíproca da reflexão das pessoas, entendendo que ele não é o dono do saber e sim um cooperador e partícipe deste processo transformador.

 


Palavras-chave


Educação em Saúde; Conferências de Saúde; Participação Social;