Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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A Importância do profissional enfermeiro na captação de potencial doador de órgãos para transplante mediante a morte encefálica.
Rodrigo de Morais Torres, Juliane Pereira de Oliveira Corga, Wanderson Patrick Nogueira, Priscilla Passarelli Tostes, Priscilla Passarelli Tostes

Última alteração: 2018-05-06

Resumo


Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que terá por objetivo relatar a importância do profissional enfermeiro no processo de doação de órgãos para transplante mediante a morte encefálica (ME) desde o início do protocolo de ME até o momento da doação quando assim, autorizado pela família. Assim como abordará, as mudanças realizadas no protocolo de morte encefálica recentemente e publicadas no diário oficial da união buscando mostrar o antes e depois das mudanças no protocolo.

A doação pode ser de órgãos, tais como o rim, coração, fígado, pâncreas, pulmão e de tecidos como córnea, pele, osso e valvas.

A morte encefálica representa o estado clínico irreversível em que as funções cerebrais (telencéfalo e diencéfalo) e do tronco encefálico estão irremediavelmente comprometidas. São necessários três pré-requisitos para defini-la: coma com causa conhecida; ausência de hipotermia, hipotensão ou distúrbio metabólico grave; exclusão de intoxicação exógena ou efeito de medicamentos sedativos. Baseia-se na presença concomitante de coma sem resposta ao estímulo externo, inexistência de reflexos do tronco encefálico e apneia.

Em relação à atuação do enfermeiro, na prática profissional brasileira, destacam-se o  coordenador de transplante. O enfermeiro clínico é aquele que cuida dos pacientes em geral, que também assiste ao doente candidato ao transplante ou o transplantado. Assiste às famílias também de uma maneira geral. O enfermeiro coordenador de transplante é aquele que atua especificamente na área da doação, na identificação do PD (potencial doador), o acompanhamento do exame clínico, a manutenção hemodinâmica, assistência ‘a família, entrevista familiar, coordenação de sala cirúrgica e liberação do corpo, além de ser muito importante na educação permanente da instituição, buscando treinamento constante do assunto.

Estar com a família  é uma situação extremamente difícil vivenciado pelo enfermeiro. Nesse instante, o profissional encontra-se numa situação muito delicada no quesito respeitar a dor da perda dos familiares, porém o profissional deve explicitar o real sentido da doação, dando assim o direito de decisão.

Concluímos que o enfermeiro tem um importante papel a desempenhar no processo de Doação de órgãos. O Conselho Federal de Enfermagem preconiza ao enfermeiro responsável pelo processo de doação de órgãos o planejamento, execução, coordenação, supervisão e avaliação dos procedimentos de Enfermagem prestados ao doador. Esse profissional também fica responsável por planejar e implementar ações que visem a otimização de doação e captação de órgãos e tecidos para transplante. Sua atuação vai desde educar a respeito da doação de órgãos e tecidos até a manutenção do potencial doador e/ou doador elegível, e provisão de cuidados aos pacientes submetidos a transplante.

 


Palavras-chave


Enfermeiro, Potencial doador,Doação de órgãos,Morte encefálica.