O Projeto de extensão “Redução de Danos como Estratégia de Atenção e Cuidado Integral à Saúde: Políticas, Vivências, Intervenções e Qualificação Profissional”, foi idealizado por um grupo de residentes em saúde mental, vinculados ao Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Caracteriza-se como uma experiência que visa articular a formação de profissionais em uma perspectiva multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar a partir de aporte teórico, científico e vivências práticas com a formação de graduandos, pós-graduandos, profissionais de saúde, comunidades e usuários dos serviços da rede SUS e SUAS. Possui como objetivo principal desenvolver processos de qualificação em nível de aperfeiçoamento, favorecendo mecanismos de intervenção, através de vivências e práticas em territórios de atuação, como estratégia de atenção e do cuidado integral em saúde. As ações e atividades desenvolvidas são fundamentadas pelos pressupostos teóricos, filosóficos e metodológicos da Política Nacional de Educação Permanente e da Política Nacional de Educação Popular em Saúde. O projeto está estruturado em nove módulos teóricos, facilitados por redutores de danos de várias regiões do Brasil, e quatro atividades práticas, que terão a função de sistematizar o processo de troca de saberes respaldando às respectivas práticas. O intuito do processo de formação, nos aspectos técnico-científicos, profissional e social, na perspectiva da Redução de Danos, pretende promover educação em saúde como uma ferramenta potente na transformação social e no empoderamento pessoal e profissional dos participantes. Desse modo, observou-se, durante o decorrer do curso, que os discursos do público-alvo foi se transmutando de acordo com os novos conhecimentos adquiridos. Compreende-se que no decorrer das atividades foi possível construir ressignificações acerca do trabalho em rede, orientados pelos princípios do SUS e da Política Nacional de Redução de Danos com a finalidade de reflexão acerca dos paradigmas (sociais, religiosos, jurídico, de doença/cura) que perpassam o processo de estigmatização das pessoas que fazem uso de drogas.