Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2017-12-20
Resumo
APRESENTAÇÃO: Trata-se de um relato de experiência vivenciado por estudantes do curso de graduação e licenciatura plena em Enfermagem, da Universidade Federal do Pará (UFPA), no período do segundo semestre de 2015, durante estágio na atividade curricular de atenção integral a saúde do adulto e idoso. A experiência ocorreu em uma unidade municipal de saúde (UMS), localizada em Belém-Pará. O desafio de relatar essa experiência é visibilizar a resistência ainda presente em torno da adesão a estilos de vida saudáveis, por usuários do serviço de saúde portador de doenças crônicas, devido o desconhecimento sobre sua situação de saúde, o risco desse desconhecimento na contribuição do agravo a saúde e a importância da educar como fonte de promoção da saúde e preservação da vida. Sendo o objetivo desse relato, descrever a experiência de acadêmicos de enfermagem quanto sua percepção frente aos fatores que interferem no tratamento ao idoso portador de hipertensão, identificados durante consulta a esse público alvo. DESENVOLVIMENTO: O relato surgiu a partir de consultas da profissional de enfermagem junto aos estagiários do terceiro semestre do curso de enfermagem, realizadas a idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica. No decorrer das consultas estiveram presentes cinco acadêmicos e uma docente de enfermagem, especialista em saúde do idoso. RESULTADOS E/OU IMPACTOS: Durante a prática dos acadêmicos de enfermagem na Atenção Básica, pode-se evidenciar a subordinação dos usuários ao uso do medicamento, sendo em sua grande maioria idosos, que compareciam as consultas em busca, apenas, do receituário, apresentando grande resistência às orientações a mudanças no estilo de vida e outras propostas terapêuticas. Houvera sido identificado o não conhecimento sobre a patologia, pelo usuário de saúde, como um fator diretamente relacionado à busca de atendimento em saúde não por orientações referentes aos cuidados quanto à saúde, mas pelo esforço na busca por receituário como único fator que evitasse o agravo da patologia. Evidenciou-se, com isso, a resistência dos idosos quanto à adesão as propostas terapêuticas orientadas pelos profissionais de enfermagem e outros profissionais da saúde, como alimentação saudável e pratica regular de atividade física, iniciando dessa maneira a conduta de educação em saúde para reverter à situação-problema. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os acadêmicos compreenderam essa resistência à adesão as propostas terapêuticas complementares ao tratamento medicamentoso, a partir da análise do desconhecimento desses idosos quanto à patologia e sua não compreensão sobre os benefícios que os métodos complementares de tratamento orientados por outros profissionais contribuiriam na prevenção de danos a sua saúde. Nesse sentido, a prática da educação em saúde tem o papel primordial na prevenção de agravos, a partir da oportunidade de sensibilizar por meio da informação. Com isso, surgi à necessidade de sensibilizar profissionais para a prática do educar em saúde durante as consultas, bem nas salas de espera das unidades de saúde, a fim de contribuir de forma significativa na preservação da vida desses usuários do serviço de saúde.