Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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ATENÇÃO À HIPERTENSOS E DIABÉTICOS NA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA E O PROGRAMA MAIS MÉDICOS
Solane Pinto de Souza, Tiótrefis Gomes Fernandes

Última alteração: 2017-12-21

Resumo


A Atenção Básica é porta de entrada preferencial do serviço de saúde no Brasil, e cumpre papel fundamental na oferta de cuidados a população, especialmente aqueles portadores de hipertensão arterial e diabetes, devido estas estarem entre as Doenças Crônicas Não Transmissíveis de maior prevalência e por sua magnitude, e a Atenção Básica é campo prioritário para o controle de ambas. O Programa Mais Médicos traz consigo a expectativa de avanços nos entraves da atenção básica quanto ao déficit de profissionais, uma vez que, a presença deste, possibilita a criação de novas equipes de Estratégia Saúde da Família, reduzindo disparidades entre as regiões quanto a falta de médicos, sendo uma problemática para o acesso aos serviços de saúde. Este trabalho descreveu os indicadores de cuidado na linha de atenção a hipertensos e diabéticos na Estratégia Saúde da Família no Brasil e mostrou como se comporta esses indicadores nas equipes convencionas e naquelas que aderiram ao Programa Mais Médicos. Estudo ecológico descritivo e exploratório sobre os indicadores de cuidado das ESF no Brasil com enfoque Programa Mais Médicos (equipes convencionais e equipes mais médicos) nos anos 2013 e 2014 a partir de dados secundários do Siab. Foram construídos indicadores que contemplassem a linha de atenção de interesse: proporção de hipertensos e/ou diabéticos cadastrados, proporção de hipertensos e/ou diabéticos acompanhados e média de atendimentos a hipertensos e/ou diabéticos no ano, e a razão para cada morbidade pela proporção de idosos no território segundo as regiões brasileiras, perfil de municípios e tipo de equipe. A proporção de hipertensos e diabéticos cadastrados nas ESF no Brasil foi 12,7% e 3,1% respectivamente, com variações entre as regiões Norte 7,3% para hipertensão e 1,8% para diabetes e Sudeste 15,5% para hipertensão e diabetes 4,1%. O perfil de municípios mostrou maiores proporções nas Regiões Metropolitanas e Demais localidades para as duas morbidades; a proporção de acompanhados no Brasil foi de 87,7% para hipertensos e 89,5% para diabetes, maiores proporções foram encontradas na região Norte e Perfil de Pobreza para hipertensão e diabetes. A média de atendimento pelas equipes no Brasil foi de 3,3 para hipertensos e 4,7 para diabéticos. A análise por tipo de equipe (convencionais e mais médicos) mostrou pouca diferença quanto ao cuidado a doenças crônicas neste estudo. O estudo encontrou baixa prevalência de hipertensos e diabéticos cadastrados nas ESF no Brasil que podem estar associados a subnotificação de casos pelas equipes ou a diferença diagnóstica entre estudos e daquele praticado na AB. Não houve diferenças consideradas significativas entre as equipes com e sem o profissional mais médicos no Brasil na linha de atenção a hipertensos e diabéticos.


Palavras-chave


Atenção Básica em Saúde; Hipertensão Arterial; Diabetes Mellitus; Programa Mais Médicos.