Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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Horta terapêutica: Um instrumento de Reabilitação Psicossocial
Última alteração: 2018-01-25
Resumo
Apresentação:O presente trabalho é um relato experiência que objetiva descrever as ações do projeto de Extensão Nutrindo o Saber desenvolvido pela Liga Acadêmica Baiana de Segurança Alimentar e Nutricional (LABSAN) em um Centro de Atenção Psicossocial AD III (CAPS) situado no Município de Salvador, Bahia. A LABSAN é uma entidade formada por acadêmicos do curso de Nutrição e Psicologia e está situada na Universidade do Estado da Bahia. O projeto de extensão objetiva reabilitação psicossocial, fortalecimento da autonomia e de vínculos familiares e comunitários de sujeitos em situação de vulnerabilidade psicossocial e nutricional por meio do desenvolvimento de hortas urbanas de base agroecológica.Reabilitação psicossocial pode ser entendida como ou conjunto de ações voltadas a aumentar as capacidades e habilidades de indivíduos com transtorno mental, diminuindo as deficiências, desabilitações e danos decorrentes, culminando na reconstrução da autonomia dos sujeitos na sociedade ou ainda, pode ser compreendida como uma série de intervenções sociais, educacionais, comportamentais e cognitivas que objetivam o incremento da capacidade de desempenho dos papéis sociais de pessoas com transtorno mental.
Desenvolvimento do trabalho: O projeto de extensão Nutrindo o saber desenvolveu oficinas terapêuticas em uma horta nos anos de 2016 e 2017. Estes espaços tinham duração média de 60 minutos e ocorriam três vezes na semana com a participação dos usuários da unidade, integrantes da LABSAN e profissionais de Saúde do CAPS.O desenvolvimento de hortas é um importante fomento a práticas educativas, pois são espaços de discussão sobre sustentabilidade ambiental e escolhas alimentares. Entretanto, para um CAPS, a horta é mais que uma prática educativa; é um excelente instrumento que assegura o desenvolvimento de liderança, autonomia e organização social entre os envolvidos, além de promover a reconstrução de laços familiares e comunitários através do plantio de hortaliças como movimentos terapêuticos.
Resultados:As oficinas foram espaços para o reconhecimento das demandas e motivações dos usuários pela equipe técnica do CAPS. Sendo um espaço de acolhimento e escuta qualificada relevante para o estabelecimento dos projetos terapêuticos singulares e integrais. A oficina de hortas empreendeu suas ações pelo encontro de diálogos estabelecidos dentro dos grupos de socialização, trajando uma postura encorajadora, de uma escuta compartilhada entre acadêmicos, técnicos e usuários, a qual oportunizou o exercício da autonomia favorecendo a participação ativa de todos os envolvidos. Constatou-se a melhoria da autoestima de alguns usuários que anteriormente relatavam a falta de apoio familiar ao tratamento e que expressaram como as oficinas exerciam um papel fortalecedor e essencial na reorganização dos sentidos rumo a uma vida mais saudável.
Considerações finais:
O processo de Reabilitação Psicossocial promovido pela horta integra os usuários em grupos de socialização com tarefas que exercitam a sua comunicação, inserção e permanência na sociedade. Nestes encontros diversos temas foram abordados (família; abandono; encontro com a droga), todos transcorrendo pelas trajetórias individuais. Por todas essas vivências subjetivas se apresentou a importância do projeto na transformação do íntimo do sujeito, como fator essencial na mudança do indivíduo dentro do seu núcleo familiar.
Desenvolvimento do trabalho: O projeto de extensão Nutrindo o saber desenvolveu oficinas terapêuticas em uma horta nos anos de 2016 e 2017. Estes espaços tinham duração média de 60 minutos e ocorriam três vezes na semana com a participação dos usuários da unidade, integrantes da LABSAN e profissionais de Saúde do CAPS.O desenvolvimento de hortas é um importante fomento a práticas educativas, pois são espaços de discussão sobre sustentabilidade ambiental e escolhas alimentares. Entretanto, para um CAPS, a horta é mais que uma prática educativa; é um excelente instrumento que assegura o desenvolvimento de liderança, autonomia e organização social entre os envolvidos, além de promover a reconstrução de laços familiares e comunitários através do plantio de hortaliças como movimentos terapêuticos.
Resultados:As oficinas foram espaços para o reconhecimento das demandas e motivações dos usuários pela equipe técnica do CAPS. Sendo um espaço de acolhimento e escuta qualificada relevante para o estabelecimento dos projetos terapêuticos singulares e integrais. A oficina de hortas empreendeu suas ações pelo encontro de diálogos estabelecidos dentro dos grupos de socialização, trajando uma postura encorajadora, de uma escuta compartilhada entre acadêmicos, técnicos e usuários, a qual oportunizou o exercício da autonomia favorecendo a participação ativa de todos os envolvidos. Constatou-se a melhoria da autoestima de alguns usuários que anteriormente relatavam a falta de apoio familiar ao tratamento e que expressaram como as oficinas exerciam um papel fortalecedor e essencial na reorganização dos sentidos rumo a uma vida mais saudável.
Considerações finais:
O processo de Reabilitação Psicossocial promovido pela horta integra os usuários em grupos de socialização com tarefas que exercitam a sua comunicação, inserção e permanência na sociedade. Nestes encontros diversos temas foram abordados (família; abandono; encontro com a droga), todos transcorrendo pelas trajetórias individuais. Por todas essas vivências subjetivas se apresentou a importância do projeto na transformação do íntimo do sujeito, como fator essencial na mudança do indivíduo dentro do seu núcleo familiar.
Palavras-chave
Reabilitação psicossocial; Horta terapêutica; Centro de Atenção Psicossocial