Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Saúde Coletiva: produção de saúde, ensino e ciência
LUANA SANCHES DA COSTA, Ana Paula de Souza Lima, Douglas Borges da Costa Filho, Flávio Renan Paula da Costa, Lázara Gabriela Oliveira Silva, Mariana Borges Dantas, Marineide Santos de Melo, Antonio de Pádua Quirino Ramalho

Última alteração: 2018-01-26

Resumo


Introdução: Atualmente, mesmo em meio a uma desestruturação das instituições públicas de saúde, a saúde coletiva, enquanto área do conhecimento, busca imergir o estudante no campo da saúde. Com a diversidade de iniciativas em diferentes cenários sociais, políticos, geográficos e culturais, tem procurado aproximar e produzir formas de cuidar das saúdes das populações específicas. Objetivo: O propósito parece, por meio de vivências na formação médica e no desenvolvimento do trabalho em saúde em comunidades, querer potencializar a união entre ensino e serviço, com a intenção de preparar acadêmicos e futuros profissionais ainda mais críticos e mobilizados por uma saúde pública inclusiva e democrática. Descrição da experiência:  A disciplina Saúde Coletiva IV da Universidade Federal do Amazonas no primeiro semestre de 2017, sob a ótica da interação entre ensino, serviço e comunidade, oportunizou ao total cinco práticas de campo com efeito psicopedagógico direcionadas para abordagens iniciais a populações, atendimento médico e (re)conhecimento da realidade local. Supervisionadas pelo professor, monitores e ouvintes da disciplina, práticas essas feitas com uma turma de 56 graduandos do 4º período do curso de medicina estimulados a conhecer as diversas realidades em alguns grupos populacionais da cidade de Manaus, sobretudo, de grupos mais vulneráveis quanto à situação social, incluindo, feirantes, moradores de rua, profissionais do sexo, dependentes químicos, pacientes psiquiátricos, ribeirinhos, mulheres indígenas e comunidades de produtores rurais. Isso causou provocação no sentido de formar acadêmicos-cidadãos cada vez mais mobilizados por uma ética coletiva em saúde que ajude a enfrentar as iniquidades reconhecendo-as concretamente, nessas atividades práticas, para além de toda teoria vista em sala de aula. Em virtude disso, a disciplina aproximou a universidade dos contextos em que devem se dar as políticas públicas e, principalmente, de sujeitos que as demanda de que mais delas dependem, enriquecendo ainda a experiência dos alunos com aspectos da economia, da cultura e da história local da cidade. Resultados: As experiências educacionais inovadoras inclusas em projetos pedagógicos dos cursos de graduação cada vez mais direcionadas à saúde coletiva, como práticas de vivência na graduação médica, são visivelmente positivas e essenciais, visto que se trata de verdadeira produção de saúde, ensino e ciência, sem falar que submete o graduando às diferentes realidades sociais e aos antagonismos da saúde pública no Brasil, em especial no Amazonas. Desse modo, a Saúde Coletiva IV tem a necessidade de inserir o estudante precocemente em atividades práticas relevantes para a sua futura vida profissional, além de utilizar diferentes cenários de ensino-aprendizagem permitindo ao aluno conhecer e vivenciar situações variadas para intervenção e, assim, formar verdadeiros médicos mobilizados por uma saúde coletiva e inclusiva. Considerações finais: Assim, destacada a importância da saúde coletiva como produtora de saúde, ensino e ciência, alerta-se para a necessidade de colaboração e disseminação da nova metodologia ativa pela Instituição de Ensino, perpassando, se possível, por todas as saúdes coletivas inclusas no currículo educacional da Universidade, já que as ações foram uma iniciativa isolada da disciplina em parceria aos estudantes.

 


Palavras-chave


saúde coletiva; ensino; atividade prática; populações específicas; formação médica.