Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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HIDROTERAPIA EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICO NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DE PARTICIPANTES DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
Última alteração: 2018-01-06
Resumo
Apresentação: A hidroterapia é definida como uma técnica de reabilitação aquática que tem como vantagens a melhora da circulação periférica, promoção do retorno venoso, além de proporcionar um efeito relaxante e de prevenir alterações funcionais. Essa técnica pode ser usada para beneficiar portadores de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT’s), a fim de amenizar os sinais e sintomas decorrentes dessas patologias e promover a qualidade de vida dessa população. O presente estudo visa descrever a experiência de discentes e docentes em um projeto de extensão voltado a hidroterapia para portadores de DCNT’s. Desenvolvimento: Trata-se de um relato de experiência desenvolvido por discentes e docentes da Universidade do Estado do Pará-Campus XII, Santarém-PA, referente aos atendimentos hidroterapêuticos realizados duas vezes por semana, com a utilização de técnicas de hidrocinesioterapia, watsu e bad ragaz em pacientes com DCNT’s como: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e disfunções reumatológicas, realizadas através do projeto de extensão Agir Educativo Cuidativo no complexo aquático, realizado no setor de hidroterapia do campus universitário, no primeiro semestre de 2017. Resultados: Participam do Projeto de extensão cerca de 53 pacientes, sendo 20 deles portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus, com uma média de 58 anos de idade e com maior prevalência do sexo feminino (17). Os resultados revelam que o tratamento destaca os efeitos fisiológicos que o uso da água aquecida proporciona aos sistemas corporais, podendo ser um indicativo da redução da HAS devido aos seus princípios. Os exercícios aeróbicos realizados, contribuem para o retorno venoso e linfático, aumentando o débito cardíaco, melhorando a capacidade cardiorrespiratória e aumento do débito urinário. Na diabetes mellitus é possível observar, que a hidroterapia é um exercício físico que não gera sobrecarga de peso nas articulações (perfeito para idosos e/ou obesos), permite um trabalho muscular global, sem gerar fadiga e pode levar a diminuição dos medicamentos otimizando a participação do paciente. Enquanto nas disfunções reumatológicas, o calor da piscina e os exercícios promovem redução de dor, relaxamento da musculatura periarticular, diminuição da tensão na articulação, melhora na propriocepção, equilíbrio e marcha dentro da funcionalidade. Considerações Finais: Os pacientes com DCNT’s informaram melhora de sua qualidade de vida ao longo das sessões de hidroterapia, e ao final delas; a experiência da aplicabilidade do exercício físico associado aos princípios da água; proporcionaram uma melhora significativa de seus quadros, sem precisar depender totalmente de medicamentos para suprir todo o bem-estar físico do paciente, além de proporcionar a integração social dos indivíduos que estão em tratamento na piscina.
Palavras-chave
Hidroterapia; hipertensão arterial sistêmica; diabetes mellitus, disfunções reumatológicas