Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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EDUCAÇÃO ALIMENTAR E NUTRICIONAL PARA ADOLESCENTES: ANÁLISE DA AVALIAÇÃO DAS AÇÕES NA PERSPECTIVA DOS EDUCADORES
Ricardo Cardoso dos Santos, Laís Nogueira Santos Carvalho, Caroline Rodrigues de Oliveira Marques, Ricardo Tadeu Alves Santos, Sanmile Bibiana Leite Batista Medeiros, Gabriel Cardoso Santos, Marina Rodrigues Barbosa

Última alteração: 2018-01-27

Resumo


O Marco de Referência define educação alimentar e nutricional (EAN) como prática contínua, intersetorial e multiprofissional que visa promover autonomia para práticas alimentares saudáveis. A avaliação das ações de EAN deve ser contínua e integrada, para promover o aperfeiçoamento e especificidade das ações, devendo ser feita tanto pelos educadores quanto pelos educandos. Na perspectiva dos educadores, estas avaliações podem fornecer alternativas teórico-práticas para a execução das ações. Portanto, o objetivo deste trabalho é analisar a percepção dos educadores em relação às ações de EAN para adolescentes de uma escola municipal de Lagarto-SE. Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, baseado na percepção dos educadores em relação ao programa de EAN realizado com 238 adolescentes, sendo 50% meninas e 50% meninos, com idade entre 10-15 anos, do 5º ao 7º ano do ensino fundamental de uma escola municipal de Lagarto-SE. Foram realizados cinco encontros quinzenais envolvendo nove turmas, com duração média de 50 minutos cada. As ações de EAN foram compostas pelas dinâmicas a seguir: Confecção de crachás, Semáforo alimentar, Pirâmide alimentar e Lanche coletivo. Ao final de cada atividade, os seis educadores participantes avaliavam o encontro por meio de três perguntas: “Que bom!”; “Que pena!”; e “Que tal?”, objetivando levantar a percepção sobre os pontos positivos, desafios e propostas de como superá-los, respectivamente, nas dinâmicas realizadas. De uma forma geral, como pontos positivos foram elencados os aspectos listados a seguir: alcance dos objetivos da dinâmica, adequação do diálogo ao público, conhecimento prévio dos jovens sobre alimentação, boa administração do tempo, preparação dos educadores, esquematização prévia do encontro a tempo, abordagem dinâmica, a criação e fortalecimento do vínculo e transversalidade dos conhecimentos. Como desafios a serem superados, foram elencados os seguintes aspectos: timidez dos estudantes, agitação dos adolescentes, hábitos alimentares inadequados relatados, falta de preparação para a dinâmica, dificuldade de garantir a participação dos adolescentes na construção da pirâmide, baixa aceitação dos alimentos entre os escolares. Como limitações, a falta de um diálogo efetivo com a coordenação da escola, que comprometeu o calendário do programa, assim como a disponibilidade limitada dos educadores. Como possibilidades de superação dos desafios, os educadores elencaram: maior necessidade de dinamização das ações e formas de abordagem para captar a atenção dos adolescentes, maior envolvimento dos adolescentes nas dinâmicas, a importância de operacionalizar as ações com antecedência, e efetivação do diálogo com a coordenação. A avaliação da percepção dos educadores permitiu a identificação dos desafios a serem superados e potencialidades envolvidos na operacionalização e desenvolvimento das práticas educativas, visando um programa participativo e que foque na realidade local.


Palavras-chave


Educação alimentar e nutricional; adolescentes; programa de intervenção; avaliação de programa educacional.