Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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TECNOLOGIA LEVE NA PRÁTICA ASSISTENCIAL: uma proposta para o Processo de Enfermagem
Última alteração: 2018-01-21
Resumo
Apresentação: Trata-se da construção de uma tecnologia leve para a realização do Processo de Enfermagem na prática assistencial do Enfermeiro, considerando que este tema vem ganhando espaço na área da saúde. As tecnologias são classificadas em leve, leve-dura e dura. Esta última é representada por equipamentos tecnológicos, máquinas, normas e estruturas organizadas, um sabe-fazer sistematizado, já a leve-dura, pelo conhecimento dos saberes estruturados como o saber sobre o cuidado do enfermeiro, a clínica do médico, e a tecnologia leve conceituada como a das relações, do processo de comunicação, um saber o modo de pensar e como atuar de forma organizada sobre os casos de saúde. Assim, o trabalho tem por objetivo desenvolver uma tecnologia para a prática assistencial do enfermeiro, justificando-se pela facilidade em prestar uma assistência segura e de qualidade para o paciente e que esteja ao alcance dos profissionais que atuam na prática hospitalar. Desenvolvimento do trabalho: Foi desenvolvida uma tecnologia leve para a prática assistencial do enfermeiro. Estudo exploratório-metodológico, de abordagem qualitativa desenvolvido em uma instituição de referência ambulatorial e emergencial no município de Parintins – Amazonas, o Hospital Regional Dr. Jofre de Matos Cohen, responsável em atender a cidade local, oito comunidades ribeirinhas assim como populações indígenas e cidades adjacentes, o que justifica a escolha como cenário para o estudo. Foi realizado em três fases: exploração da realidade, revisão da literatura e construção da tecnologia, desenvolvido por meio da aplicação de um formulário semiestruturado com 14 enfermeiros atuantes nas clínicas médica e cirúrgica. Utilizou-se a análise de conteúdo de Bardin que consiste na interpretação dos elementos constituintes do corpus, com emprego da técnica analítica de enunciação com transversalidade temática. O exame das informações será sequenciado em três polos cronológicos: pré-análise: leitura flutuante do material; exploração do material: recortes, agregação e enumeração das unidades de registros; tratamento dos resultados e interpretação: processo de classificação dos elementos nas categorias de interesse para análise: conhecimento sobre Processo de Enfermagem e Sistematização da Assistência de Enfermagem. Resultados e/ou impactos: A análise descritiva permitiu a identificação de três categorias temáticas descritas da seguinte forma: I) “Conhecimento e percepção sobre Sistematização da Assistência e Processo de Enfermagem”; II) “Fatores relacionados que implicam na implementação do Processo de Enfermagem”; III) “Proposta de uma tecnologia para o Processo de Enfermagem”. Constatou-se, entre impactos positivos, a construção de uma tecnologia leve com 40 diagnósticos de enfermagem propostos pela North American Nursing Diagnosis Association (NANDA) e 200 intervenções de enfermagem conforme a Nursing Interventions Classification (NIC). Como aspectos negativos, sinalizaram o desconhecimento dos enfermeiros em relação a aplicação do Processo de Enfermagem na prática clínica. Considerações finais: Torna-se necessário operacionalizar o Processo de Enfermagem, embora a tecnologia leve seja um instrumento facilitador, a sua efetividade dependerá da responsabilidade profissional, da gestão de qualidade e de cuidados e do desenvolvimento de aprendizagens pelo enfermeiro.
Palavras-chave
Enfermagem; Cuidado de Enfermagem; Tecnologia; Processo de Enfermagem