Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
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O papel da gestante no plano gestacional: Percepções de acadêmicos de Medicina durante o estágio em Saúde da Mulher
Última alteração: 2018-01-22
Resumo
APRESENTAÇÃO: O empoderamento feminino crescente nos diversos meandros da sociedade moderna traz à tona a discussão da maior autonomia por parte da mulher quanto a decisão de seu plano gestacional. O maior conhecimento, fortemente impulsionado pelo desenvolvimento de pesquisa na área da Saúde da Mulher, tem proporcionado cada vez mais benefícios e autonomia para o sexo feminino, buscando um parto humanizado, com menos riscos ao recém-nascido e também a gestante. Entretanto, é importante destacar os desafios enfrentados pelas mulheres no atendimento no serviço público de saúde. As limitações – desde o pré-natal ao puerpério - impostas por problemas estruturais nas maternidades e unidades básicas de saúde, o despreparo e preconceito de obstetras em relação a um plano de parto alternativo, a falta de informação dos pacientes e agentes de saúde. Várias nuances que merecem uma discussão rica sobre o tema. DESCRIÇÃO DE EXPERIÊNCIA: Estudo baseado na experiência do Estágio em Saúde da Mulher, que proporcionou o maior conhecimento da realidade da Maternidade Doutor Moura Tapajós, expondo todo o seu funcionamento, desde a admissão à sala de parto, bem como a abordagem da paciente em diversas situações de risco, sua assistência ao pré-parto e o puerpério. RESULTADOS: A observação desta realidade proporcionou uma visão mais realista quanto ao pré-natal e puerpério no serviço público de saúde, revelando uma face precária do atendimento às diversas gestantes que procuram a maternidade e a falta de participação dessas nas escolhas que tangem seus quadros clínicos. De fato, várias medidas são adotadas na maternidade buscando o maior conforto e saúde à mãe e ao neonato, entretanto são, na maioria das vezes, ineficientes dadas as limitações estruturais do serviço. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante do observado na maternidade referida, torna-se peremptória a iniciativa de maior abordagem de alternativas de planos gestacionais nas Unidades Básicas de saúde, com vistas a fornecer maiores informações às gestantes, visto que muitas delas sequer possuem conhecimento suficiente para fundamentar sua decisão, que representa sua autonomia quanto ao seu corpo e da nova vida que gesta. Além disso, maior discussão quanto à formação dos profissionais em saúde, sobremaneira os obstetras, com debate, pesquisa e formação de conhecimento científico, com o objetivo de construção de um profissional atualizado e a par de diversos tipos de abordagem à gestante.
Palavras-chave
Obstetrícia; educação médica; gestante; maternidade