Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida

Anais do 13º Congresso Internacional da Rede Unida

v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Suplemento, Anais do 13ª Congresso Internacional da Rede UNIDA
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Pandora: Avaliação e acompanhamento de pacientes diabeticos
VALÉRIA OLIVEIRA LIMA DA SILVA, nathalie Xavier de almeida, LILIAM RAFAELLE SOUZA DA SILVA

Última alteração: 2018-01-25

Resumo


Apresentação

O projeto pandora foi implantado pela necessidade de monitorar os pacientes que se recusam a aderir ao tratamento da diabetes mellitos , sendo esta uma doença crônica não transmissível a qual, se não estiver devidamente controlada pelo uso adequado de medicações e bons hábitos alimentares pode gerar sequelas irreparáveis para o portador.   A finalidade é monitorar os pacientes diabéticos em suas residências, onde é realizada a avaliação dos pés do usuário e em seguida o mesmo recebe as orientações necessárias para manutenção da sua saúde.

Descrição da experiência

O projeto recebeu esse nome pela lenda mitológica da caixa de pandora, a qual ao ser aberta espalhou todos os males pela humanidade, assim acreditamos ser a diabetes descompensada, pois ao negar a doença e seu tratamento os pacientes começam a sofrer varias consequências que podem se manifestar por todo o organismo do individuo, como a cegueira, perda auditiva, amputação dos membros corporais e outros.

Analisando o aumento dos casos referentes a pé diabético em pacientes da UBS Raimundo Rosário de Melo encaminhados para o NASF foi identificada a necessidade de elaborar um projeto destinado a esses usuários, os quais geralmente são os pacientes que não aceitam sua condição de saúde e muitas vezes recusam as medicações e as restrições alimentares. Contudo para selecionar esses usuários na área de abrangência, o NASF junto com a equipe ESF, fizeram um levantamento dos pacientes com diabetes que totalizou 94 pessoas, ao excluir os pacientes que fazem o tratamento adequadamente e eliminar aqueles que estão com os valores glicêmicos adequados, foram filtrados os resultados e reduzido para 34 pacientes com perfil para o projeto.

A equipe do NASF passou por um treinamento para identificar sinais de comprometimento do pé diabético. Após a capacitação, os pacientes são visitados pelos profissionais em conjunto com os acs`s. Durante as visitas os usuários têm seus pés avaliados e em seguida recebem orientações de acordo com a demanda.

Impactos

Após o inicio das visitas os paciente começaram a aceitar mais suas condições, ao saber que o monitoramento seria regular a maioria dos pacientes começaram a se cuidar mais, mesmo com a resistência de alguns foi possível perceber a diferença no comportamento das famílias, as quais se interessaram pelo cuidado com o paciente e passaram a se comprometer com o tratamento medicamentoso e nutricional.

Considerações

Realizar intervenções com pacientes resistentes ao tratamento é um desafio sem igual, no entanto são pacientes que necessitam de cuidados especiais e caso não seja realizado nada para mudar o comportamento negativo deles, mais a frente serão pacientes acamados precisando de cuidados contínuos pela equipe de saúde. A ideia do projeto foi tentar ultrapassar as barreiras da teimosia e em lentos passos tentar modificar os comportamentos inadequados desses pacientes para incentivar o autocuidado.


Palavras-chave


pe diabetico