Associação da Rede Unida, 13º Congresso Internacional Rede Unida
v. 4, Suplemento 1 (2018). ISSN 2446-4813: Saúde em Redes
Última alteração: 2018-01-25
Resumo
Um dos métodos mais eficazes para proteger a mulher grávida, livrando-a de doenças e complicações na gestação, é por meio da vacinação. A cobertura vacinal pode ser entendida como a proporção da população que recebeu o número completo de doses de uma vacina em relação à população existente em um determinado local. O estudo piloto, por sua vez, trata-se de um teste, em pequena escala, que envolve a realização de todos os procedimentos previstos na metodologia de uma pesquisa, de modo a possibilitar alteração/melhora dos instrumentos na fase que antecede a investigação em si. A partir disso, o estudo objetivou testar um formulário de pesquisa que será utilizado durante a investigação da cobertura vacinal de puérperas assistidas no Hospital Municipal de Santarém-Pará. O formulário apresentava questões referentes a aspectos sócio demográficos como idade, renda, escolaridade, estado civil e ocupação; dados obstétricos presentes na carteira de gestante da puérpera, como número de gestações anteriores, número de consultas realizadas durante o último pré-natal, resultado de exame de Hepatite B; e dados das vacinas dT, dTpa, Hepatite B e Influenza. Para cada vacina verificava-se, no caso das que apresentavam esquemas incompletos, qual teria sido a razão para cobertura incompleta, se por erro profissional, negligência da gestante, ausência da vacina na unidade de saúde, ou por outros motivos. O estudo piloto foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (CAAE:77612417.9.0000.5168), e realizado em outubro de 2017, com todas as puérperas presentes no dia da investigação no Hospital. Participaram 15 mulheres com idade média de 21 anos, com renda menor ou igual a um salário mínimo, 80% haviam concluído o ensino fundamental e conviviam com o parceiro, 60% exerciam atividade remunerada. Todas as puérperas apresentavam histórico de outras gestações nos últimos cinco anos, tiveram pelo menos 6 consultas de pré-natal na última gravidez, e nenhuma apresentou resultado sorológico positivo para Hepatite B. Somente 40% das entrevistadas tinham cobertura vacinal completa para dT, Hepatite B e Influenza. A principal razão para cobertura incompleta foi erro profissional (66%). Após testar o formulário, conclui-se que havia a necessidade de inserir algumas perguntas afim de aprimorá-lo e melhor compreender as razões para os achados de cobertura vacinal incompleta, entre elas, entrega de comprovante de vacina no ato de inscrição do pré-natal e no momento da entrevista, acometimento por HIV ou outras doenças na gestação, data provável do parto, aborto ou filho nascido morto na última gestação, bem como realização de pré-natal até a ocorrência desses eventos, e realização de pré-natal nas gestações anteriores.